Observatório. “Valdeci, Fabiano e o pêndulo”

Se ele decidir largar
a função pendular e…
Bem. Aí muda tudo

Eis a definição para a palavra pêndulo, segundo o mestre Aurélio: “corpo pesado, suspenso por intermédio de uma haste ou fio em um ponto situado acima do seu centro de gravidade, de tal modo que lhe seja possível oscilar livremente.”

Transferindo o conceito para a política santa-mariense, pode-se dizer, por exemplo, que Paulo Pimenta e seu grupo, da corrente “PT Amplo” são o pêndulo petista. E, tal qual o original, tanto pode ficar no mesmo lugar quanto se mexer, ou oscilar, para um lado ou outro.

Neste momento, até onde foi possível extrair do sem-número de informações e até uma boa dose de fofocas surgidas das mais variadas áreas do partido, Pimenta está parado bem sobre o centro da agremiação.

Isso significa, objetivamente, que se encontra em posição diversa da que esteve, digamos, há seis meses. À época, se colocava pendendo (com bastante firmeza, dizia-se) para compor com o grupo liderado pelo prefeito Valdeci Oliveira, que aposta em Werner Rempel como possível candidato a sua sucessão em 2008.

Hoje, no centro, dados os acontecimentos mais recentes, o deputado federal reeleito estaria mudando sua rota, pendendo para o outro lado, o de Fabiano Pereira, declarado desafeto político de Valdeci. Se isso de fato acontecer, o que é possível, mas ainda carece da confirmação objetiva, o recém reeleito deputado estadual poderia ser o candidato petista à sucessão municipal.

Pois é. Pois é. Mas o pêndulo pode também resolver ficar no mesmo lugar até 2008. E deixar de ser o mero objeto a ser puxado para cá ou para lá, para transformar-se, ele próprio, no protagonista. Improvável? Sim. Mas não impossível.