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Observatório. Um quarteto pra lá de encrencado

Os grandões da política local,…
… mesmo os vitoriosos, terão…
…que se ver com o futuro. A…
exceção é Pozzobom, que é…
… muito maior que o PSDB


Os dois maiores partidos da cidade – e o critério, aqui, é o desempenho obtido por ambos nos dois últimos pleitos municipais – são o PT e o PMDB. E estão em crise. E não é qualquer “crisinha”. Trata-se de uma lambança das grandes, nos dois casos. Aliás, de problemas semelhantes também padece a outra dupla de grandes da boca do monte: o PP e o PDT. Que coisa!!! A miudinha bateu no quarteto e, salvo alguma improvável conjugação de forças favoráveis, quem sabe até com a participação divina (nem precisa ser Ele, mas alguns de seus discípulos), a situação tende a se prolongar.

O espaço é curto, mas a coluna tem a pretensão de avaliar, ainda que rapidamente, a quantas anda o dissenso partidário dos fortões da política local. Vamos por partes.

FORROBODÓ – No PT, diz-se, todos se unem, após escolhidos os candidatos. Já foi mais assim, agora é mais ou menos. A disputa entre correntes começa, no caso santa-mariense, a se tornar fraticida. Valdeci Oliveira e Fabiano Pereira não mais convivem politicamente. E Paulo Pimenta, que era o tertius, por sua liderança (e a força de sua corrente interna na cidade), começa a emitir sinais que cansou. E vai fazer uma opção – que talvez não seja mais em favor de Valdeci, como aparentava. E pode sobrar para a candidatura a prefeito de Werner Rempel, em 2008, a menos que algumas arestas sejam devidamente aparadas. Nas manifestações da última semana, isso pareceu evidente. Porém, por força de um segundo turno que se aproxima, o arranca-rabo final fica adiado. Mas novembro está ali na esquina. E o PT? Ora, o PT…

A BANCA PAGA… – E recebe, complementa-se o dito popular. Com disposição voraz, Tubias Calil, com o beneplácito (apoio, dizem os adversários internos) de Cezar Schirmer , de quem é afilhado político, tomou conta do PMDB. Filiou quantos pode, teve força interna suficiente para eleger o diretório que quis e a executiva que desejava (ou desejavam). Impôs-se politicamente. É do jogo. Só que não deu certo. Concorreu a deputado estadual, fez bastante, mas insuficientes votos. E, pior, Schirmer também não logrou bom resultado, apesar da montanha de sufrágios. E agora? Ninguém sabe. Mas já se assanham, no bom sentido, Cláudio Rosa e Luiz Celso Giacomini. Vão tentar apear Tubias e Schirmer. Conseguirão? Talvez. Mas só se pode dizer isso: taaaalvez. E o partido? Ora o partido…

MORTE ANUNCIADA – Dez entre dez seguidores do PP que apoiava Sérgio Cechin, exceto talvez o próprio, um eterno otimista, entendiam ser difícil eleger o vereador. Mas se contavam satisfeitos (e aí incluí-se o próprio Cechin) se impusessem uma derrota ao desafeto interno, o ex-prefeito (duas vezes) e ex-candidato ao Executivo (outras duas), José Farret, que pleiteava a reeleição. Faltaram votos a Farret. Mas não se pode dizer que Cechin foi o responsável. Afinal, mesmo que 80% do que alcançou na cidade se transferissem pra o ex-prefeito, este se elegeria. De qualquer forma, Farret foi derrotado, mesmo com os quase 27 mil votos feitos em Santa Maria. E agora? O provável é que o ex-prefeito se mande (com seus votos), para outra sigla. E o PP? Ora, o PP…

SEM LÍDERES – O PDT, e esse não é um problema local, padece da ida embora de seu Messias. Sem Leonel Brizola, morto há dois anos, a agremiação ficou sem rumo. E vem definhando. Falta-lhe lideranças capazes de sensibilizar a opinião pública. E, viu-se agora, também não há votos. Mais que isso: os quase 10 mil obtidos por Vicente Bisogno na cidade, como concorrente à Assembléia, tem-se a impressão que são dele (e são respeitáveis apoios), só dele. E não da sigla – que sequer teve nomes para concorrer a deputado federal. Foi estratégia, diz-se. Foi. E também ausência de concorrentes. Se não se fundir com outra sigla, morre. E se fundir? Provavelmente, também. Aliás, há quem diga que isso já ocorreu, quando Ele se foi. Bisogno pagou o pato.

EM TEMPO: aqui não se falou do principal vitorioso da eleição em Santa Maria, Jorge Pozzobom. E a explicação é tão simples quanto, talvez, simplória. Ele é muuuuuito maior que o partido. E faria os mesmos quase 30 mil votos, qualquer que fosse a sigla a que estivesse filiado. Pozzobom, já se escreveu aqui, semana passada, antes do pleito, virou protagonista. Mas não o seu partido. Em Santa Maria, se está falando, claro.

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