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Centro. Existe, sim, solução para “informais” em Santa Maria. E não é o camelódromo

Comentarei a questão dos trabalhadores informais (ambulantes e camelôs, mais especificamente) daqui a pouco, no espaço que tenho no programa “Central CDN”, da Rádio CDN. Se você não quiser, ou não puder, ouvir, reproduzo aqui as observações que fiz, neste domingo, antes de republicar parcialmente a reportagem a respeito do assunto, publicada originalmente no Diário de Santa Maria:

“Camelôs. Drama exposto pelo confronto com a BM. Solução existe, e não demora, espero

Não tenho a menor dúvida. Aliás, não tenho nenhuma, para ser mais específico. E já a expus, parcialmente, em comentário que fiz na Rádio CDN, na quarta-feira. Me permito repetir.

1. Contrabando é crime, assim como o descaminho. E, como qualquer anomalia legal precisa ser ferrenhamente combatida pelas autoridades. Portanto, nada há a opor em relação à operação feita pela Receita Federal, auxiliada pela Polícia Federal e, também, pela Brigada Militar. A única coisa discutível, na segunda-feira, pode ser a forma como o trabalho foi conduzido. E olhe lá.

2. Constranger comerciantes devidamente legalizados, que geram emprego e renda e pagam impostos, muuuuitos impostos, também é crime. E foi exatamente o que fizeram os “informais”, na mesma segunda-feira, inconformados com a operação das autoridades. Portanto, também deveriam ser reprimidos. Isso é fato. O que é discutível, também aqui, é a forma como a repressão ocorreu. Nada além disso.

Dito isto, penso que a solução existe. E ela está posta: é a criação do shopping popular, nas dependências do cinema cujo prédio já foi adquirido pela prefeitura. O que se deve, imagino, é tentar apressar a ocupação efetiva do espaço para ali colocar todos os camelôs e ambulantes devidamente registrados. E, ato contínuo – mas contínuo meeeesmo, no dia seguinte ou no mesmo dia – reocupar a área central, especialmente a Praça Saldanha Marinho e a Avenida Rio Branco, devolvendo os dois logradouros à população. E ponto.

Adicionalmente, ou concomitantemente, é necessário combater o que, salvo engano, foi dito, no programa CDN Debate, da CDN, pelo advogado e escritor Antonio Candido Ribeiro. Disse ele que há muito coitadismo nessa história dos camelôs. E eu vi isso representado em várias cartas de leitores publicadas pelo Diário de Santa Maria. A pretexto de defender os informais e combater a ação da Brigada Militar (que pode, sim, ser criticada), falava-se em pessoas que “trabalham honestamente”. Uma ova: desde quando vender produto contrabandeado é trabalhar “honestamente”?

Sei de todo o drama “social”. Mas também sei, e as autoridades idem, que meia dúzia, se tanto, controlam todo o comércio informal (e eivado de produtos pirateados – olha o crime aí). E são eles que estimulam essa situação e não querem o shopping popular. Por uma singela razão: estarão fora dele. Perderão dinheiro. E não os honestos, que terão a chance de trabalhar com segurança.

Bem. É exatamente isso que penso. E, logo, digo e escrevo.”

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