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Legitimidade. Numeros que não servem para Lula servirão para Serra e Aécio? É a contradição

Há quem queira deslegitimar a vitória óbvia e insofismável de Luiz Inácio Lula da Silva. Isso, claro, não parte de lideranças políticas, que sabem muito bem que, como diz o ditado, “a banca paga e recebe”. Ou, por outra, o que vale cá, vale lá também.

Mas há exemplos claros de pessoas, normalmente anônimas, que lançam pela internet algum tipo de “argumento”, enxergando apenas o que pretende ver. Sem se dar conta, por exemplo, que na democracia, como em quase tudo, se ganha. E se perde. Há os que prefiram apenas vencer, não importando se o mesmo argumento que lhe beneficia, por outro lado pode prejudicar.

Não entendeu? Não tem importância. Talvez eu não tenha conseguido explicar direito. Então, para que tudo fique claro, leia o que escreveu o jornalista Ilimar Franco, do jornal O Globo, em sua página na internet, respondendo à mensagem de uma de suas leitoras-internautas:

Os eleitos são representativos?

A mensagem de Luana

Já que você gosta tanto de previsões, que tal fazer uma avaliação da realidade? Quase 30% de brasileiros votaram nulo e branco nas eleições para presidente, ou seja quase 30.000.000 de brasileiros não queriam Lula, mais os 38% que votaram em Alckmin, isso dá mais da metade do Brasil que não quer Lula, e aiiiiiiiiiiii….

E aiiiiiiii… é o seguinte

O Brasil tem 125,9 milhões de eleitores. Destes 18,99% não votaram. Votaram nas eleições presidenciais 101,9 milhões. Destes 93,96% votaram num dos dois candidatos: 60,83% em Lula e 39,17% em Alckmin.

Não existe quase 30% de brasileiros votando nulo ou branco. Os votos brancos foram 1,32% e os nulos 4,71%. Se somar abstenção, brancos e nulos dá 25,02%.

Se você acha que seu argumento vale para questionar a representatividade do presidente Lula, que tal você considerar o seguinte:


São Paulo – abstenção 15,21%, brancos 4,73%, nulos 5,36% = 25,30%. José Serra ganhou com 57,93% dos votos.
Minas Gerais – abstenção 17,89%, brancos 5,33%, nulos 8,19% = 31,41%. Aécio Neves ganhou com 77,03% dos votos.

Podemos repetir isso em todos os estados. Quando o presidente Juscelino Kubitscheck (PSD) venceu as eleições de 1955 não tinha segundo turno. JK não fez 50% dos votos. Isso foi motivo para que a UDN tentasse golpes militares para impedir sua posse e para derrubá-lo. Também a UDN achava que abstenções, brancos e nulos eram dos adversários de JK. Mas a verdade é que na democracia as abstenções, os brancos e os nulos não são de ninguém. Aliás, esses votos são contrários ao sistema político como um todo.

Agora vamos imaginar que o Brasil adote o sistema dos Estados Unidos, de votação não obrigatória. Nas eleições americanas cerca de 50% dos eleitores costumam não votar. Imaginem isso aqui no Brasil? Quantos não estariam questionando o resultado das eleições democráticas?”


SE DESEJAR ler este e outros textos do comentarista político Ilimar Franco, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://oglobo.globo.com/blogs/ilimar/.

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