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Sombras 2. Afinal, quantos ministérios estão disponíveis para a negociação política de Lula?

A rigor, ninguém sabe a resposta à pergunta do título. Mas algumas pistas podem ser facilmente encontradas e permitem algumas conclusões. A primeira delas é óbvia: as pastas ditas econômicas (Fazenda, Planejamento, Banco Central, Desenvolvimento Econômico) terão que ser ocupadas por lulistas, antes de qualquer coisa.

A segunda é mais ou menos óbvia: os ministérios que tenham alguma influência na articulação política, da mesma forma tendem a ficar com homens e/ou mulheres mais próximos do Presidente. E petistas, em princípio. Mas só em princípio. Então, o que sobraria para negociar com os partidos aliados de sempre e os que serão agregados – especialmente o PMDB?

Esse é o tema de artigo sobre o cenário de hoje, do site especializado em política e poder, ABC Político, que tem pela primeira vez um texto aqui reproduzida. (Pouco) Modestamente, acho que vale a pena ler. Confira:

”Lula deve mudar 21 ministros

As articulações para a montagem do novo ministério, que comporia do chamado “governo de coalizão”, avançaram pouco, pelo que se pode depreender do noticiário. As especulações continuam girando em torno da negociação com o PMDB e da resistência do PT em ceder espaço.

Além disso, os demais partidos aliados também se movimentam para manter as pastas que já foram conquistadas, caso do PTB e do PSB, que fizeram divulgar notas neste final de semana indicando que estão satisfeitos com o Turismo e a Ciência e Tecnologia. Em outra frente, Lula passa a sofrer agora pressão dos “movimentos sociais”: CUT, UNE e MST anunciaram que vão pressionar o governo com suas pautas específicas e se unir contra a política econômica.

Lula prossegue as conversas, que devem incluir trocas de comando em até 21 ministérios. Estão fora das articulações apenas a área econômica e os cargos de dentro do Planalto, como a Casa Civil, Articulação Política e Secretaria Geral. Há, ainda, ministros classificados como da “cota pessoal” do presidente – caso do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, para o qual Lula quer alguém da mesma dimensão de Luiz Furlan, que já afirmou que vai sair.

Alguns ministros já anteciparam suas demissões: além de Furlan, Gilberto Gil e Márcio Thomaz Bastos avisaram que não pretendem continuar na Esplanada no próximo governo.

Líderes governistas e interlocutores do presidente avaliam que as mudanças não devem atingir também os ministérios de Relações Exteriores, Desenvolvimento Social – que cresceu em importância por conta do impacto eleitoral do Bolsa Família – e Educação, embora esta interpretação se dê com base em uma frase que o próprio presidente tentou corrigir depois, a respeito do “dia do fico” do ministro Fernando Haddad.

Com isso, as opções de Lula ficam restritas às pastas ligadas ao setor de infra-estrutura: Transportes, Cidades, Integração Nacional, Minas e Energia e Comunicações são as mais procuradas nesta área. Também há disputa pela pasta da Saúde, mas as especulações de que Ciro Gomes se fortaleceu como favorito ao cargo cresceram, e pela Previdência Social.

Lula estaria disposto a reforçar o núcleo mais próximo. A preocupação se dá em função da anunciada demissão do ministro da Justiça, que foi o principal artífice da defesa do presidente e do governo nas denúncias que atingiram o Planalto desde o ano passado. Entre os cotados estariam Nelson Jobim e Sepúlveda Pertence, além de Tarso Genro. O presidente também quer contar com o governador do Acre, Jorge Viana, num posto dentro do Planalto, possivelmente a pasta de Relações Institucionais e Articulação Política. É praticamente certo que Tarso deve deixar o posto e, além de Viana, estão cotados para a vaga Aldo Rebelo e novamente Nelson Jobim.

Os jornais continuam falando sobre o aumento da influência do PMDB no governo. Os governadores do PMDB e o presidente nacional do partido, Michel Temer, vão se reunir na sexta-feira, em Florianópolis, para discutir e definir uma “posição unitária” em relação ao segundo governo de Lula. O partido terá, em 2007, sete governadores, dos quais dois estarão…


SE DESEJAR ler a íntegra do texto, pode fazê-lo acessando a página do “ABC Político” na internet, no endereço http://www.abcpolitiko.com.br/?secao=secoes.php&sc=5&url=cenario_politico.php.

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