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Armadilha. Lula falou até demais em 5% como meta para crescer. Agora, paga pela palavra

Pois o presidente da República, logo após ser virtualmente aclamado por mais de 60% dos brasileiros aptos a votar, foi à mídia e declarou sua meta: crescer 5% ao ano a partir de 2007. Não deixou por menos. Talvez esquecendo de conversar com quem entende de economia, e das razões pelas quais o Brasil não tem alcançado esse patamar – ainda que o crescimento (pífio) acumulado nos últimos quatro anos tenha sido superior ao quadriênio anterior, sob a liderança de Fernando Henrique Cardoso.

O fato é que, mês e meio depois do pleito, Luiz Inácio Lula da Silva está preso a sua promessa. E não está, aparentemente, encontrando respaldo técnico ao seu redor. E sempre haverá quem, na oposição, lembre do dito agora. Especialmente porque está muito difícil cumprir o estabelecido pela retórica.

É exatamente dessa dificuldade, e do já nervosismo presidencial que não vê nada positivo à sua volta, que trata o veterano jornalista Tão Gomes Pinto, em sua página na internet. Leia, a seguir, o que ele escreve:

”O presidente anda muito aflito com os 5 % prometidos

O presidente Luiz Inácio da Silva anda aflito. Prometeu crescer 5% e caiu numa armadilha. Pelo menos o senador José Agripino vai cobrar dele esse número até o final do ano. Agripino é um bom cobrador.

A aflição do presidente pode ser analisada através da sua agenda. Não, não se trata de conversas com o Chavez, que desse mato não sai coelho. Eu falo da agenda ‘íntima’. O presidente tem conversado com todos os ‘desenvolvimentistas’ disponíveis.

Na semana passada, fora da agenda oficial, recebeu Delfim Neto, desenvolvimentista até por hábito, Luiz Gonzaga Belluzzo, que ameaça fazer uma cruzada pró-desenvolvimento, Aloisio Mercadante, um crítico contumaz da política de juros e do cambio e com o economista Luciano Coutinho.

Isso o que a gente sabe. Fora os ‘desenvolvimentistas’ que estiveram com ele tão discretamente que ninguém viu. Justiça se faça ao presidente. O atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, participou de todas, ou quase todas as conversas. Mantega não será ‘bypassado’ no realinhamento da política econômica, até porque ele tambem é do time que quer crescer.

Lula se sente pressionado pela dúvida. Uma série de dúvidas, diga-se. Vale a pena sacrificar o controle da inflação para crescer ? E como aceitar as ideias dos que propõe, não como formas milagrosas, mas como soluções emergenciais, cortes nos gastos públicos. E a Previdência, meu Deus?

Os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e o pessoal do ministério são muito cautelosos quando falam nos 5%. Admitem ‘uma possibilidade’ de se alcançar esse índice. Quem fez a melhor análise do momento econômico foi o economista Luciano Coutinho. Para ele seria preciso Lula “refrear a ansiedade”, não ser açodado e sair falando em números inatíngíveis…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do jornalista Tão Gomes Pinto na internet, no endereço http://taogomespinto.blig.ig.com.br/.

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