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Pacotaço 2. Contrários às propostas também se mobilizam. Em Santa Maria inclusive

Não deixa de ser curioso: fazia muito tempo que lideranças empresariais e de trabalhadores não estavam do mesmo lado. As propostas de arrocho da governadora eleita, Yeda Crusius, conseguiu essa proeza. Todas as principais entidades empresariais do Estado, a começar pelas maiores, Fiergs (indústria) e Federasul (comércio), se mobilizam e prometem até passeata em Porto Alegre, nesta sexta-feira, data em que a Assembléia Legislativa vai decidir o assunto.

Ao mesmo tempo, as entidades ligadas aos trabalhadores, a começar pela CUT, também se mobiliza no sentido de ver garantida a recusa das propostas, pelos deputados. E isso se reflete em Santa Maria e regiuão também, com certeza.

Por aqui, a Câmara de Comércio e Indústria já divulgou sua nota, contra especialmente ao aumento dos impostos. O mesmo fizeram lideranças empresariais de Júlio de Castilhos e outros municípios próximos. E, no lado dos trabalhadores, quatro entidades ligadas à educação estão publicando hoje uma dura nota oficial no jornal A Razão.

Quer dizer, se fossem apenas trabalhadores e empresários a decidir o assunto, a govenadora teria que obrigatoriamente buscar outras alternativas para resolver a questão financeira do Estado. Aliás, como ela própria defendia na campanha eleitoral. Só tem um porém: quem decide não são sindicalistas nem empresários, mas políticas – que, claro, são suscetíveis às pressões, e podem mudar de idéia.

A propósito, leia abaixo, na íntegra, a nota assinada pelos diregentes da Sedufsm (Seção Sindical dos Docentes da UFSM), Assufsm (Associação dos Servidores da UFSM), CPERS (Sindicato do Magistério Estadual) e Sinprosm (Sindicato dos Professores Municipais):

”Diga NÃO ao arrocho do governo YEDA

A sociedade gaúcha está perplexa com o “novo” jeito de governar de Yeda Crusius, demonstrado no primeiro “pacote” enviado à Assembléia Legislativa e que deve ser votado nesta sexta, 29 de dezembro.

Contrariando tudo o que disse durante a campanha eleitoral, a governadora eleita encaminhou através do atual governador, Germano Rigotto, um conjunto de medidas para serem referendadas pelo parlamento e, que, se aprovadas penalizarão de forma absurda o sistema produtivo e os trabalhadores. A manutenção das atuais alíquotas do ICMS sobre setores como combustíveis, telecomunicações, energia elétrica e bebidas, já demonstrou ser ineficaz no atual governo, tendo como conseqüência uma queda acentuada no Produto Interno Bruto, fuga de empresas do Rio Grande do Sul e perda de empregos.

Agora, além de manter o chamado “tarifaço”, o que pode novamente comprometer a abertura de empresas e o emprego de milhares de trabalhadores do setor privado, Yeda Crusius e seus aliados querem estender a responsabilidade pela crise das finanças do estado também para os servidores públicos, congelando os salários ao longo de pelo menos dois anos e suspendendo o pagamento de adicionais por tempo de serviço. O “pacotaço” da governadora eleita é altamente recessivo, pois reduz a competitividade da economia gaúcha e o poder de compra dos salários. O povo gaúcho repudia esse tipo de iniciativa, que além de não resolver em definitivo o problema de caixa do governo, penaliza toda a sociedade, em especial os trabalhadores privados e do setor público.

Chega de enganação!

Chega de políticos que fazem o discurso do “novo” em cima de práticas “velhas”

NÃO ao TARIFAÇO!

NÃO ao ARROCHO SALARIAL!”

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