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Sanguessugas. No mínimo isso: eles não estão conseguindo fugir das ações da Receita Federal

Ok, ok. A pizza foi o prato favorito do Congresso no que toca aos acusados de receber troco (ou outras vantagens) para votar em determinados projetos. Somente três supostos mensaleiros não sobreviveram e acabaram politicamente punidos – ainda que provas, provas não tenham surgido contra eles. Os demais foram absolvidos pelo plenário do Congresso.

Muito pior, para a sociedade, é a situação dos sanguessugas. Uma montanha deles é acusada de receber propina por facilitarem a vida de uma empresa (a dos Vedoins) que vendia ambulância. Como faziam isso? Propondo emendas ao orçamento de acordo com a receita dos “falcatruas”. Todos, literalmente todos, devem escapulir, por desídia dos congressistas.

É. Está tudo bem. Está tudo muito legal. Certo? Mais ou menos. Na verdade, mesmo que deputados e senadores resolvam livrar a cara dos sanguessugas, tenham sido eles reeleitos ou não, o certo é que continua a correr inquérito policial e, especialmente, ações da Receita Federal, que está agindo na fiscalização das declarações de renda dos queridinhos. Nooosssa!!!! Os agentes estão descobrindo caaada coisa, uau! Quer saber mais? Leia, então, reportagem de Sonia Filgueiras, correspondente em Brasília do jornal O Estado de São Paulo. A seguir:

”Receita investiga 89 parlamentares suspeitos no caso dos sanguessugas
Até agora, 35 deles já foram intimados a explicar bens não declarados e movimentação incompatível com renda

Parlamentares suspeitos de envolvimento com a máfia dos sanguessugas estão na mira da Receita Federal. O Fisco passou um pente fino nas declarações e movimentações financeiras de todos os 90 parlamentares inicialmente investigados pela CPI dos Sanguessugas e encontrou irregularidades em 89 casos. Um único parlamentar escapou do crivo do Leão.

Até o momento, 35 parlamentares investigados já foram intimados para prestar esclarecimentos sobre as inconsistências identificadas pelos auditores. Os demais 54 serão intimados nos próximos dias.

Enquanto a Receita aperta o cerco, o relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), está decidido a não citar no texto final da comissão nenhum dos parlamentares cujos nomes foram enviados para julgamento nos Conselhos de Ética da Câmara e do Senado, como informou ontem o Estado.

PARENTES

A Receita também está concluindo a checagem das informações fiscais de outras 150 pessoas ligadas ao esquema, que consistia na distribuição de propinas a parlamentares e assessores em troca da apresentação de emendas ao Orçamento da União destinadas à compra de ambulâncias superfaturadas. O grupo inclui familiares, assessores e empresas ligadas a parlamentares sob suspeita.

O levantamento será concluído até o final do mês. Nos casos em que forem identificadas irregularidades, o procedimento será o mesmo: intimação para explicações. A máfia dos sanguessugas, segundo a Polícia Federal, movimentou pelo menos R$ 110 milhões e, conforme depoimento de Luiz Antônio Vedoin, chefe do esquema, teria distribuído mais de R$ 13 milhões em propinas a agentes públicos ou intermediários.

O trabalho do Fisco independe dos resultados da CPI, que inocentou 18 dos 90 investigados. Por isso, há parlamentares isentados pela comissão cujas declarações não resistiram à inspeção dos auditores. O mesmo ocorre na Polícia Federal, que conduz mais de 80 inquéritos contra parlamentares. Há 10 dias, por exemplo, foi indiciada a…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal O Estado de São Paulo na internet, no endereço http://www.estado.com.br/editorias/2006/12/12/pol-1.93.11.20061212.8.1.xml.

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