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Muda o favorito. Apoio formal do PMDB pode fazer de Chinaglia o futuro presidente da Câmara

Aldo Rebelo sentiu o golpe. E isso foi possível aferir a partir de suas afirmações ao longo desta quarta-feira e mesmo no fim da noite de terça. Até mesmo um debate, que antes refutava, estaria aceitando, com os demais concorrentes à presidência da Câmara dos Deputados, função que o comunista do B ocupa hoje e na qual pretende permanecer.

O que provocou esse nervosismo todo? Dois fatores: um, menor, é a quase inviabilidade de uma “terceira via”, que um grupo de 30, se tanto, deputados está ainda buscando formalizar, contrário a qualquer candidatura que signifique alguém aliado de Lula comandando a casa legislativa. E o segundo, este muitíssimo mais importante, foi a formalização, pelo PMDB, do apoio ao candidato do PT, o parlamentar paulista Arlindo Chinaglia. Até mesmo notórios oposicionistas até ontem, como o deputado gaúcho Eliseu Padilha, decidiram entrar na barca petista.

Nem mesmo a suposta preferência do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pelo candidato comunista (leia a próxima nota, em que o tema será tratado), e mesmo uma eventual chancela de outros oposicionistas, além da já confirmada adesão do PFL, parece animar muito a candidatura de Aldo, neste momento.

Aliás, a mudança de humor das candidaturas de Aldo e Chinaglia, que passou a ser, reconhecidamente, a mais forte, é comentada pelo jornalista da TV Bandeirantes, Franklin Martins, na página que ele mantém na internet. Confira:

”Chinaglia obtém uma vitória decisiva no PMDB

Com a decisão do PMDB de ontem (terça), Arlindo Chinaglia passou a ser o favorito na disputa pela presidência da Câmara. Muita gente apostava que a reunião não daria em nada, fosse pelo quorum baixo, fosse pela tradicional divisão dos deputados pemedebistas. A surpresa foi dupla.

A participação na reunião foi alta: 64 dos 90 integrantes da bancada. Para um período de recesso, ainda mais no início de uma nova legislatura, um quorum de mais de 70% é muito expressivo. Além disso, o clima da reunião foi bastante tranqüilo, sem as tradicionais trocas de acusações à saída. É claro que o PMDB não votará unanimemente em Chinaglia, mas tudo indica que, para os padrões usuais do partido, ele marchará razoavelmente unido na questão. Em conversas reservadas, alguns caciques avaliam que hoje, grosso modo, o placar seria de 65 a 25 a favor do petista.

O fato é que se criou um ambiente político novo na disputa, bastante favorável ao candidato do PT. Embora Aldo tenha reagido à decisão do PMDB dizendo que vai até o fim, sua situação complicou-se. A partir de agora, crescerão as pressões para que ele jogue a toalha. Nos próximos dias, vários partidos da base governista oficializarão o apoio a Chinaglia. Tudo indica que, no limite, Aldo contará, dentro da coalizão, apenas com o endosso do PCdoB e do PSB. É pouco.

Além de pescar deputados isolados aqui e ali na base governista, restará ao deputado do PCdoB a alternativa de reforçar sua candidatura entre os partidos da oposição. O PFL já está oficialmente com ele. E é provável que ele consiga atrair a maioria do PSDB, onde o sentimento anti-PT é muito forte.

Mas, mesmo entre os tucanos, há importantes lideranças pregando o respeito ao princípio da proporcionalidade na composição da Mesa da Câmara: o presidente deve ser indicado pela maior bancada da casa. O critério favorece Chinaglia, formalmente lançado pelos dois partidos com mais deputados. Tudo somado, abriu-se uma avenida diante de Chinaglia e os caminhos começaram a se fechar à frente de Aldo.

Alguns analistas avaliam que a decisão do PMDB foi uma derrota de Lula. Outros dizem que o Palácio do Planalto mexeu seus pauzinhos a favor de…”


SE DESEJAR ler a íntegra do artigo de Franklin Martins, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://www.franklinmartins.com.br/post.php?titulo=chinaglia-obtem-uma-vitoria-decisiva-no-pmdb.

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