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Questão gaúcha. Falta de troco pode reduzir benefícios do plano para o Rio Grande do Sul

A coisa é simples. O Rio Grande do Sul está falido – indicam os números das finanças públicas. E isso, curiosamente, ou lamentavelmente, pode se tornar ainda pior. Como? O Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no que toca a obras de infra-estrutura, não poderá ser aplicado na íntegra no Estado.

Quem diz isso é a própria governadora Yeda Crusius, que terá reunião com Lula no início de março para discutir alternativas. Inclusive para, de alguma maneira, modificar a forma de cálculo da dívida gaúcha para com a União. Mas por que o PAC terá problemas por aqui? Segundo a chefe de Executivo, o Rio Grande do Sul não tem o dinheiro necessário às contrapartidas exigidas para participar das obras infra-estruturais (inclusive no caso específico da ampliação do Trem Metropolitano) tão necessárias ao crescimento da economia local.

E aí, cá entre nós, cria-se um círculo nada virtuoso. O Estado não cresce porque, entre outras, tem deficiências na infra-estrutura. E não há como resolver porque falta dinheiro para completar o que vier (se vier) da União. É dose, como diria um popular. Para saber mais, convém ler a reportagem de Elder Ogliari, da sucursal de Porto Alegre da Agência Estado, braço de internet do jornal O Estado de São Paulo. Confira:

”Yeda diz que RS não tem dinheiro para contrapartidas
‘Eu sonhava com a ampliação da linha do metrô´, admitiu a governadora

O Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, anunciado na segunda-feira, trouxe pelo menos uma decepção e uma preocupação para a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB).

A decepção é com a falta de previsão de investimentos na ampliação da linha de metrô de superfície que liga Porto Alegre a cidades da região metropolitana. A preocupação é com a previsão de participação do Estado em projetos de habitação e saneamento. “O Rio Grande do Sul não tem como dar contrapartidas enquanto não completar a reestruturação de suas finanças”, avisou Yeda, nesta terça-feira.

A governadora comparou a apresentação do PAC às mensagens que os governos enviam aos parlamentos em início de legislatura para mostrar o que consideram prioritário nos anos seguintes. E considerou que o pacote chancela uma série de projetos para o Rio Grande do Sul que dependem mais da criação de ambiente adequado ao investimento, como é o caso de usinas hidrelétricas, do que de verbas do governo federal.

“Eu sonhava com a ampliação da linha do metrô”, admitiu a governadora, que confessou uma “inveja positiva” de Fortaleza, contemplada com projeto semelhante. Yeda destacou que a construção de mais um trecho de trilhos, para fazer com que os trens de superfície cheguem até Novo Hamburgo, desafogaria o tráfego rodoviária de uma região que tem três universidades e um aglomerado de indústrias calçadistas. Por enquanto, a linha operada por um empresa federal, a Trensurb, vai de Porto Alegre a São Leopoldo.

A perspectiva de participar do financiamento a programas de habitação e saneamento não está contemplada neste momento pelo governo gaúcho, às voltas com grave crise financeira que aponta para um déficit fiscal de R$ 2,3 bilhões neste ano. Yeda acredita que seu problema poderia ser parcialmente aliviado se…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página da Agência Estado na internet, no endereço http://www.estadao.com.br/ultimas/nacional/noticias/2007/jan/23/245.htm.

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