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Solução. PSDB tende a antecipar eleição interna para resolver o conflito de suas estrelas

Com a notável e significativa exceção de São Paulo e Minas Gerais, e no segundo caso muito especialmente pelo carisma do governador, o PSDB é um partido de muitas estrelas, poucos “gerentes” e dificuldade extrema de falar a linguagem média da população. A exceção, e por isso ainda é a maior reserva do partido é o sofisticado (mas teve o Plano Real e, aí, a história é conhecida) ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

E são exatamente as estrelas, e suas naturais ambições políticas presentes e, sobretudo, futuras, as causas do fracionamento, para dizer o mínimo, que vive a agremiação, na atual conjuntura. O próprio episódio da opção (e posterior “desopção”) por Arlindo Chinaglia, o candidato petista à Presidência da República, é um emblema dos conflitos entre os estelares tucanos.

Além de tudo isso, da existência e necessidade de co-existência entre José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin, apenas para ficar entre os mais luminosos, começa a formar-se um consenso, no interior do PSDB: a direção de Tasso Jereissati, senador cearense, é fraca. Qual a saída? Mudar. Mas, quando e por quem? A resposta à primeira pergunta está na possível antecipação do pleito interno, por enquanto previsto para novembro. Já à segunda, ficou mais difícil. Afinal, é preciso harmonizar os interesses internos. E ai, bem, aí a cobra pode fumar.

A respeito desse forrobodó tucano, e de seus possíveis desdobramentos, quem escreve elucidativa reportagem é a dupla Malu Delgdo e José Alberto Bombig. O texto foi publicado pela Folha de São Paulo, do qual ambos são profissionais, e está disponível na Folha Online, o braço de internet do jornalão paulista. Confira:

”PSDB aposta em eleição para conter crise

A sucessão à presidência da Câmara não só tornou públicos os desencontros no PSDB como alertou as principais lideranças da legenda sobre o risco de articulações políticas fragmentadas, sem um comando nacional, minarem as pretensões para 2010.

Temendo a repetição dos erros de 2002 e 2006, quando o partido entrou dividido na disputa presidencial e assistiu às duas vitórias de Luiz Inácio Lula da Silva, a Executiva Nacional do PSDB reúne-se na quinta-feira e começa a discutir a antecipação da convenção nacional da legenda.

Os tucanos, que só tratariam da nova presidência do PSDB no segundo semestre, possivelmente em setembro, já ensaiam trazer o debate para março ou abril. A Folha apurou que a intenção dos dirigentes é colocar na presidência um nome aceito pelos governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) e também pelo ex-governador Geraldo Alckmin.

Reservadamente, dirigentes do PSDB afirmam que o senador Sérgio Guerra (PE), que foi o coordenador da campanha de Alckmin à presidência, “tem boas condições na disputa”.

Outra intenção dos tucanos é criar um conselho político, orientado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O tema é tratado com cautela para não melindrar o atual presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE). Na última crise do partido, ele estava no exterior. A avaliação no partido é que Jereissati está desgastado. Procurado…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página de “Brasil”, da Folha Online, no endereço http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u88875.shtml

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