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Câmara. Candidatos fazem seus últimos lances para atrair votos e presidir o Parlamento

O tucano Gustavo Fruet é o azarão. Ou alguém pensa diferente? Poderá, porém, ajudar na vitória de Aldo Rebelo, do PC do B, no segundo turno que muitos consideram inevitável. No entanto, e apesar de tudo, o petista Arlindo Chinaglia é considerado favorito. E poderia, quem sabe, muito improvavelmente, vencer no primeiro turno.

 

O certo é que, faltando poucas horas para o pleito, o trio corre atrás de votos. O fato de a decisão se dar secretamente, estimula a idéia de que as traições aconteçam, para qualquer lado, o que torna o quadro ainda mais indefinido.

 

Até o momento em que escrevo, a novidade é a formação de três superblocos na Câmara, o que determina o cacife de cada grupo na composição da Mesa Diretora. PMDB, PT, PR, PP e outros compõem o maior deles, com 273 parlamentares (aliás, mais de 50% do total). PSDB e PFL (cada qual apoiando um nome para a Presidência) são o segundo, com pouco mais de 150. E o terceiro, menor, com algo como 70 integrantes, tem como principais forças internas o PSB, o PDT e o PC do B.

 

Antes ainda, porém, da criação dos blocos, o que aconteceu até o meio dia desta quarta-feira, dois fatos relevantes permitiram supor que a disputa será muito apertada, especialmente entre Rebelo e Chinaglia. E são esses acontecimentos o foco da reportagem de Maurício Haschizume, da agência Carta Maior, que passo a reproduzir, e que foi distribuída aaantes da formação dos superblocos. Acompanhe:

 

“Decisão do PDT e filiação de Maggi ao PR embolam ainda mais a disputa

O atual presidente comunista Aldo Rebelo recebeu indiretamente o apoio do PDT, que decidiu integrar o bloco PCdoB/PSB. Enquanto que o anúncio da filiação do governador do MT, Blairo Maggi, ao PR governista favoreceu Arlindo Chinaglia, do PT.

 

As movimentações desta terça-feira (30) apenas aumentaram o clima de incerteza para a eleição da presidência na Câmara, marcada para a próxima quinta-feira (1º). O atual presidente da Casa, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) recebeu indiretamente o importante apoio do PDT, que decidiu – por 17 votos a 6 – ingressar no bloco parlamentar que une o PCdoB de Rebelo e o PSB. Contrária às pretensões e às expectativas do outro candidato da base governista Arlindo Chinaglia (PT-SP), a decisão da bancada pedetista deverá ser confirmada até o meio-dia desta quarta-feira (31). O bloco dos três partidos (que, somados, reúnem 63 parlamentares) tenta ainda atrair outros partidos como o PV, o PSC, o PMN, o PHS e o PAN.

Antes do anúncio da decisão do PDT, o ex-deputado e senador eleito Renato Casagrande (PSB-ES) declarara que a permanência do impasse entre a bancada pedetista – o novo líder, Miro Teixeira (PDT-RJ) arbitrava a favor do apoio do partido a Chinaglia, enquanto que a maioria dos deputados (como ficou provado com a votação) demonstrava ser favorável à formação de um bloco de esquerda – já seria uma vantagem para o comunista. Para Casagrande, a permanência de Rebelo na presidência trará benefícios em dois sentidos: estabelecerá um equilíbrio de poder e proporcionará um ambiente mais ameno de negociação na Casa, evitando o acirramento entre governo e oposição. Ele espera que os congressistas do PSB, do PCdoB, do PFL e agora também do PDT, assim como parte do PMDB e do PP, confirmem a opção pela candidatura de Rebelo.

A despeito do duro golpe recebido com a decisão dos pedetistas, Chinaglia foi beneficiado por um outro ato de peso. O governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, declarou que se filiará ao PR, o Partido da República do vice-presidente da República José Alencar que nasceu da fusão do antigo PL com o Prona. A primeira missão de Maggi foi direta e inequívoca: ele recomendou aos 35 deputados que sigam as orientações do partido na eleição da Mesa Diretora confirmando o nome do petista para o posto maior da Câmara Federal. Maggi ainda confirmou que o governador Ivo Cassol, de Rondônia, também se filiará ao PR. O apoio aberto dos dois governadores não deixa de ser mais um empurrão na candidatura de Chinaglia, já que as bancadas estaduais tendem a levar em conta, na hora de votar, os interesses dos governantes dos seus estados.

Logo no anúncio de sua filiação, Maggi deu mostras de que pretende se dedicar mais às articulações políticas de escala nacional durante o seu segundo mandato consecutivo como governador. No primeiro governo, relatou, deu prioridade à gestão da máquina. A intenção ainda tímida dos correligionários presentes de alçar Maggi, um dos maiores fazendeiros do País, à condição de presidenciável em 2010 foi pincelada em diversas colocações ao longo da cerimônia de filiação. De acordo com o presidente do partido, Sérgio Tamer (PR-AM), a legenda pretende agregar pelo menos mais cinco congressistas nos próximos 15 dias, alcançando a marca de 40 deputados; o deputado Luciano Castro (PR-RR) foi confirmado na liderança da Câmara.

Na opinião do deputado Maurício Rands (PT-PE), que vem fazendo campanha de corpo a corpo para Chinaglia entregando a cada um dos parlamentares de Pernambuco um panfleto com o programa do petista e exalava esperanças de vitória ainda no primeiro turno, a candidatura da chamada “terceira via” de Gustavo Fruet (PSDB-PR) pode estar “desidratando” o suporte a Rebelo.

O tucano Fruet, por sua vez, passou o dia todo correndo pelos corredores do Congresso em busca de apoios. Vestidas com camisetas em que se lia “Estou com o povo, estou com Fruet”, um grupo disposto nos mesmos corredores distribuía um folheto assinado por organizações de mulheres do PSDB e do PPS. Para as entidades que assinam o…
”

 

SE DESEJAR ler a íntegra, pode fazê-lo acessando a Carta Maior na internet, no endereço http://agenciacartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=13416.

 

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