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É a sociedade? De 513 deputados, nada menos que 74 são investigados ou processados

Atenção sociólogos, antropólogos, psicólogos ou quetais. Ou ainda jornalistas especializados em criminologia. Essa é para vocês: quantos por cento da população respondem na Justiça por algum tipo de crime? Ou, no mínimo, são por ela investigados.

 

Diz-se, e sempre se tomou isso como regra pétrea, que o parlamento nada mais é que a representação da sociedade. Pois, pelo menos na Câmara dos Deputados, 14,4% dos integrantes estão na condição descrita no parágrafo acima. Isso mesmo: um em cada sete parlamentares eleitos pela população está, digamos, “fichado” – sem que isso necessariamente configure culpa ou coisa parecida.

 

O levantamento, aliás um trabalho excepcional, foi feito por uma equipe de repórteres do G1, o portal de notícias das organizações Globo, e tornado público na manhã desta quarta-feira, véspera da posse dos deputados, em Brasília. Uma série de reportagens (que, a propósito, tem continuação) assinada por Mariana Oliveira (com a participação de quase uma dezena de outros profissionais), desnuda a situação.

 

Os jornalistas, para chegar ao objetivo, consultaram os sites dos sete tribunais federais de segunda e terceira instâncias – tribunais regionais federais das cinco regiões, Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF). Conheça, a seguir, o resultado:

 

“Um em cada sete deputados é processado ou investigado por crime

Dos 513 eleitos, pelo menos 74 respondem a processos ou investigações criminais. Levantamento exclusivo do G1 pesquisou base de dados de sete tribunais federais.

 

Ao menos um em cada sete deputados federais eleitos que tomam posse em 1º de fevereiro responde a um ou mais processos ou investigações criminais em andamento nos sete tribunais da Justiça Federal do país.

 

Levantamento exclusivo realizado pelo G1 nesses sete tribunais mostra que, dos 513 parlamentares da nova legislatura da Câmara, 74 (quase 15%) têm pendências jurídicas criminais, que vão desde infrações contra a administração pública, como corrupção e desvio de verbas, até delitos como lesão corporal, tentativa de homicídio e cárcere privado. No total, os parlamentares respondem a 133 processos.

Critérios

O levantamento foi realizado nos últimos dois meses por meio de pesquisa nos sites na internet do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça e dos Tribunais Regionais Federais, que são a segunda e terceira instâncias da Justiça Federal.

Foram considerados os inquéritos – com ou sem denúncia do Ministério Público – e as ações penais. Também estão contabilizados processos em tramitação na primeira instância, localizados nas instâncias superiores por meio de apelações, habeas corpus ou petições. 

Como não foram consultados os tribunais estaduais, a probabilidade maior era de encontrar mais processos contra deputados reeleitos que contra eleitos pela primeira vez. Isso porque os reeleitos já dispunham de foro privilegiado (só podem ser julgados e processados no Supremo Tribunal Federal). Isso, de fato, se confirmou. Dentre os 74 processados que o levantamento apurou, 73% são reeleitos e 27%, deputados que cumprirão o primeiro mandato…”

SE DESEJAR ler a íntegra deste texto, e também vários outros que compõem a super-reportagem, além da relação dos parlamentares processados e os crimes pelos quais eles são investigados ou respondem na justiça, pode fazê-lo acessando o “G-l”, no endereço http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL2280-5601-5589,00.html.

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