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Banrisul. Aumento de capital e oferta de ações, em meio à crise entre a governadora e o vice

O vice-governador Paulo Afonso Feijó cumpriu o que havia prometido e nesta segunda-feira encaminhou ao Ministério Público dossiê com supostas irregularidades praticadas pela direção do Banco do Estado do Rio Grande do Sul. A partir daí, supõe-se, haverá uma investigação.

 

Tudo isso depois de, semana passada, Feijó ter comparecido à Assembléia Legislativa onde, na Comissão de Serviços Públicos, presidida pela petista Stela Farias, ter feito uma série de acusações, e se referir a esse catatau de “documentos” agora enviados ao MP. E ter redundado, lembra, numa nota oriunda do Palácio Piratini, que o qualifica como “desequilibrado” e “leviano”.

 

Em resumo, o Banrisul tornou-se o pivô de uma “bela” crise institucional bem no coração do Governo do Estado, entre a governadora Yeda Crusius e seu vice, que, por eleito e empossado, não é demissível – exceto por vontade própria, o que parece estar longe de ser o caso. O mais provável, observando o cenário atual, é que o forrobodó persista.

 

E, como pude perceber na conversa que tive hoje com um peemedebista com excelente trânsito na capital, a impressão é que, não fosse o Banco, seria outra coisa. Aliás, conforme é possível perceber na reportagem publicada no final de semana por Zero Hora, a ronha vem desde o período que antecede o segundo turno da eleição de 2006, quando Yeda Crusius teria “recomendado” ao vice que renunciasse. Feijó está, no popular, mordido.

 

Enquanto isso, segue o processo desenhado pelo governo, que quer desfazer-se de parte das ações que o tornam virtual proprietário de quase 100% das ações no Banrisul. Com isso, pretenderia captar algo como R$ 3,5 bilhões – metade capitalizaria o banco e o restante iria para um fundo para financiar as aposentadorias dos barnabés. Esse foi o tema, inclusive, de assembléia de acionistas que aconteceu nesta segunda-feira e que redundou, também, no aumento do capital do banco.

 

Como todo esse enrosco vai terminar? Duvido que alguém tenha condições de prever, objetivamente. Resta, nesse caso, aguardar os novos desdobramentos. Com a certeza, por exemplo, que um eventual (e legítimo) sonho presidencial da governadora, não tem a mínima chance de ocorrer. Ou o leitor imagina que Yeda se licenciaria para concorrer ao Palácio do Planalto, deixando no comando do Piratini o seu vice? Hein?

 

SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a reportagem “Termina assembléia de acionistas do Banrisul”, publicada pelo ClicRBS, com informações da Rádio Gaúcha.

Leia também, no mesmo ClicRBS, a notícia “Feijó depõe no Ministério Público sobre acusação contra o Banrisul”

Aliás, a propósito da assembléia de acionistas do banco, sugiro a leitura da nota divulgada pela página do Governo do Estado na internet: “Assembléia do Banrisul decide pelo aumento do capital social”

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