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Olha o pavor. Nunca valeu tanto o dito político “você nunca sabe onde vai terminar uma CPI”

Luciana Genro e Silvio Costa, a primeira do oposicionista PSol e o segundo do governista PMN, por muito pouco não saíram no tapa, na tarde desta quinta-feira, no “Salão Verde” da Câmara dos Deputados. Tudo por conta da discussão sobre a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito a ser (ou não) criada no Congresso.

 

Houve quem, como o jornalista Josias de Souza, qualificasse o forrobodó como uma briga de boteco. E recomendasse mais tento aos representantes do povo no Parlamento. Foi, o bafafá, abafado apenas com a ação de seguranças.

 

Mas, afinal, o que está acontecendo em Brasília? Simples: o pânico se espalha. O vazamento de informações, nem sempre bem avaliadas pela mídia grandona, tão interessada apenas em espalhar rumores sem confirmação, ao sabor do interesse apenas eventualmente fixado na qualidade da informação, é um ingrediente importante para que se dê guarida ao sentimento de que nenhum político presta. Um equívoco evidente.

 

E o temor dos mais sensatos, que existem e não são poucos, é o decorrente de um dito que percorre os corredores políticos: entrar numa CPI não é difícil, o complicado é como sair dela. Aliás, expressão que é válida para muitas circunstâncias e situações. Abre-se, no caso específico, uma imensidão de possibilidades de manipulação de dados parciais, que têm toda a cara de enganosos, embora possam ser verdadeiros.

 

O busilis também está aí: o que é ou não verdade e como determinar isso? Certamente não com depoimentos, como se viu em Comissões recentes. Cientificamente?  Como relata excelente reportagem publicada pelo site Congresso em Foco (confira as sugestões de leitura, mais abaixo), as fraudes comandadas pelo empreiteiro baiano Zuleido (Gautama) Veras e sua quadrilha, provêm de emendas de bancadas, de comissões e de relatores. Isto é, a paternidade é compartilhada. Como, nesse caso, identificar parlamentares que poderiam ter facilitado a vida da empreiteira?

 

Não, não precisa concordar comigo. Nem deve, se não pensar do mesmo jeito. É apenas um lado da história. Até porque, em algum  momento, a bronca estoura. Quanto a mim, confio na Polícia Federal – com todos os desvios individuais evidentes, com vazamentos que precisam ser investigados, afinal a investigação, afirma-se, corre em “segredo” de Justiça -, como instituição. Apesar dos problemas, ela chegará ao final do seu trabalho. Que, nunca é demais lembrar, é supervisionado pelo Judiciário e pelo Ministério Público. Logo…

 

EM TEMPO: talvez não seja o caso de falar em sensatez, no caso dos dois parlamentares citados na primeira linha desta nota. Talvez.

 

 

SUGESTÕES DE LEITURA – confira a reportagem “O ABC da navalha”, de Lucio Lambranho, publicada no site Congresso em Foco.

No mesmo site, neste endereço, leia também “Briga por holofote termina em confusão na Câmara”, texto assinado por Lucas Ferraz.

Para saber o que penso do comportamento da mídia grandona, sugiro a releitura de nota que publiquei aqui, na manhã desta quinta.

 

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