Encruzilhadas. PDT aqui, PT lá. Congressos que vão determinar o futuro próximo das siglas

Certamente, coincidência. O PDT realiza desta sexta-feira até domingo, em Porto Alegre, o seu congresso estadual. Nas mesmas datas, mas em São Paulo, o PT realiza idêntico conclave, apenas que de âmbito nacional.

 

Os filiados ao partido do falecido Dr Leonel têm alguns desafios interessantes pela frente. Embora de grande presença no Estado, onde é ator político importante, não tem conseguido ser efetivamente um protagonista – tomando como base os últimos pleitos majoritários, para o Palácio Piratini e o Senado.

 

Afora questões doutrinárias, que também serão foco para os pedetistas no evento que acontece na Assembléia Legislativa, o que move mesmo as atenções é a discussão sobre a política de alianças para 2008. Eis aí, por exemplo, o interesse para a boca do monte.

 

Há uma tendência, mas isso será ou não confirmado pelo Congresso, pró-candidaturas próprias, onde houver viabilidade. Nas comunas em que isso não se der, quem serão os aliados preferenciais? Os de oposição, é o que indica o histórico recente, especialmente depois da demissão de Enio Bacci, da secretaria de Segurança Pública, no alvorecer do governo tucano de Yeda Crusius.

 

Se isso for dado como orientação oficial, se fortalece o grupo local que pretende compor com o PT na Frente Popular Trabalhista. Na qual, aliás, o PDT deve entrar com o candidato a vice do petista Paulo Pimenta. Se, porém, houver uma liberalização (embora improvável, possível), poderá haver um refluxo dos pró FPT e o crescimento dos que preferem aderir ao frentão oposicionista que terá o peemedebista Cezar Schirmer no comando.

 

Perto, porém, do que vão debater os petistas, na capital paulista, o problema do PDT, se há, é fichinha. Na verdade, com a Presidência da República desde 2003, há gente graúda no partido qu quer discutir a presença do PT no Governo Federal. Hein? Isso mesmo.

 

E o impacto da abertura do processo contra 40 pessoas, a grande maioria até há pouco tempo do alto comando petista, certamente vai influenciar a discussão. Se é que não tomará conta do debate. De decisão, meeeeesmo, provavelmente a antecipação do pleito para escolher o prsidente da sigla, hoje Ricardo Berzoíni, do mesmo grupo de José Dirceu – a personificação do procedimento no Supremo Tribunal Federal.

 

Influência local? Pouca. Muito pouca. Até porque, salvo um grupo minoritário, a quase totalidade da militância petista da boca do monte está alinhada aos líderes principais do Estado – Tarso Genro, Raul Pont, Olívio Dutra, Miguel Rossetto, todos eles se alinham, não obstante suas próprias divergências, aos que pretendem revirar o PT.

 

Em todo caso, juntando os congressos do PDT, aqui, e do PT, lá, é possível prognosticar que, a partir do resultado deles, se saberá um pouco mais do que pretendem petistas e pedetistas para o futuro. Inclusive deles próprios. Juntos, ou separados.

 

 

SUGESTÕES DE LEITURA – para saber mais sobre os congressos do PT (nacional) e PDT (estadual), respectivamente, clique aqui e aqui.