CPMF. Enquanto se discute a prorrogação, debate-se, também, o quanto se paga em impostos
De acordo com o Impostômetro, site do Instituto Brasileiro de Planejamento, que conta e estima os tributos pagos pelos contribuintes, e da Associação Comercial de São Paulo, a CPMF significará uma arrecadação de R$ 190 bilhões aos governos (o atual, e o que assume em fins de 2010) até dezembro de 2011, data para a qual se pretende a prorrogação em debate no Congresso Nacional.
Ainda nesta quarta-feira, no máximo na quinta, a Câmara dos Deputados deve encerrar a votação em primeiro turno, com a apreciação de emendas e destaques apresentados pelos parlamentares. Depois, restará o segundo turno, semana que vem. A partir daí, a discussão passa para o Senado.
Há uma clara avaliação no sentido de que, pelo menos na Câmara, a passagem da CPMF seja tranqüila do ponto de vista do governo. Mas no Senado, sem uma ampla negociação, quem sabe sobre a destinação do tributo, com sua repartição pelos Estados e municípios, dificilmente serão obtidos, em dois turnos, os 3/5 de votos (49 em 81) necessários à aprovação.
No entanto, com ou sem o desgaste de Renan Calheiros, presidente do Senado, é consensual (entre os analistas) que algum tipo de CPMF seja aprovado. Inclusive porque há interesse dos partidos oposicionistas, especialmente o PSDB – que será beneficiário agora (se houver a distribuição pelos Estados) e tentará ser em 2011, quando pretende eleger o próximo Presidente da República.
Enquanto isso, e apenas a título de curiosidade, mais uma informação do Impostômetro, com números atualizados: O imposto de renda rendeu, até 24 de setembro, R$ 111,313 bilhões ao governo. O que significa, em média, R$ 591,28 para cada brasileiro. Até 31 de dezembro, no mesmo IR, o desembolso do contribuinte, em média, será de R$ 823,01. E, no total, o tributo renderá R$ 154,964 bilhões. Pois é…
SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a reportagem Vai doer no bolso, de Eduardo Militão, Rodolfo Torres e Edson Sardinha, no Congresso em Foco.
Leia também o texto O tamanho da mordida, que mostra quanto e no que os brasileiros pagaram de impostos até 24 de setembro. E quanto vai desembolsar até o final do ano.
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