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Desidratação. No Senado, governo Lula abiscoita adesões na oposição. Principalmente no DEM

Não é exatamente um tema novo. Aqui mesmo já tratamos dele algumas vezes. A última em nota publicada faz exatamente duas semanas. Mas, agora, a coisa começou a andar mais rápido. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva está desidratando a oposição no Senado, justamente às vésperas de lá chegar, depois de passar pela Câmara, o projeto de emenda constitucional que prorroga a CPMF.

 

A pescaria está se dando na oposição. Especialmente no mais feroz dos adversários governistas, o DEM. Que está perdendo, para partidos da base aliada, alguns de seus quadros. E pelas razões mais diversas, como mostra a comentarista da Rede Globo, Cristiana Lôbo. Confira:

 

“Governo ganha senadores, oposição mingua

Começa hoje (quarta) a debandada de senadores eleitos pela oposição rumo à base do governo, o que pode garantir maioria qualificada do Palácio do Planalto na Casa – podendo, teoricamente, chegar a 51 senadores. – número suficiente para aprovar emendas constitucionais, como a da prorrogação da CPMF. Mas dentro da base do governo, sempre aparecem defecções, como no PMDB e PDT. O Democratas deve perder quatro de seus 17 senadores.

O primeiro a sair deve ser o senador César Borges (BA), eleito com o apoio de Antonio Carlos Magalhães, que vai deixar o partido para ingressar no PR. Seu primeiro voto com o governo será pela indicação de Luiz Antonio Pagot para a diretoria-geral do DNIT, que está parada no Senado por conta da obstrução da oposição.

Pelos cálculos do governo, pelo menos mais três senadores devem seguir o caminho rumo ao governo Lula: Edison Lobão (MA), ligado à família Sarney; Romeu Tuma, que tem um filho Tuma Junior como Secretário de Justiça do Ministério da Justiça e Aldemir Santana, que é suplente do vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio. A lista ainda pode aumentar com Demóstenes Torres, que pretende abrir espaço na política goiana em outro partido. Ele já conversou com o presidente Lula sobre o assunto.

– Vou me desfiliar hoje. Faço uma cartinha e mando para o presidente do partido, lá na Bahia – disse César Borges. A carta será dirigida ao ex-governador Paulo Souto, hoje desafeto político de Borges.

O esforço do governo é chegar a três quintos do Senado para assegurar, com tranquilidade, a votação da prorrogação da CPMF. Com estas novas adesões, que podem acontecer todas ainda hoje e, ainda, ampliar.

Cesar Borges disse que vai para a base do governo, mas ainda não assegura seu voto a favor da CPMF. Ele disse ter posição clara contrária ao chamado imposto do cheque, mas poderia votar a favor se o governo demonstrar “flexibilidade” – aceitando reduzir outros impostos ou a alíquota da CPMF.”

 

EM TEMPO: a nota acima foi revista, mais tarde, pela própria Cristiana, que anotou a desistência de se mandar do DEM, de Edison Lobão. Que, contudo, não é exatamente um oposicionista. Muito pelo contrário. Ele segue a orientação de José Sarney. E isso explica tudo.

 

SUGESTÃO DE LEITURAconfira aqui, se desejar, outras notas publicadas por Cristiana Lobo, no G1, o portal de notícias da Globo.

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