Economia. Indústria cresce 3,3%. Mas ainda há capacidade ociosa. E preocupação com juros
Parece proposital. Aliás, tem todo o jeito de proposital. Em todo caso, nas vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copon), que decide nesta quarta-feira se reduz, e em que percentual, a taxa básica de juros, a Confederação Nacional da Indústria divulga os dados de desempenho do setor.
E são números bem interessantes, aliás. Em julho, o crescimento das vendas foi de 6,5% – a base é idêntico período, no ano anterior. Aliás, os seis primeiros meses de 2007, comparando com os meses iniciais de 2006, aponta um incremento acumulado de 3,3%. Aí, os números não são, convenhamos, muito otimistas.
Ah, e também, segundo as informações da CNI, num claro recado ao Copon e ao Banco Central, a indústria não funciona a pleno. A capacidade de produção utilizada cresceu pouco, alcançando hoje 82,6% do possível. Isto é, são quase 18% de ociosidade o que anima a supor que o crescimento pode ser maior. Desde que a política de juros ajude, claro.
De qualquer forma, se funcionar ou não como pressão, se saberá antes que o dia termine. As apostas dos analistas indicam, como noticiei ontem aqui, uma redução de 0,25% na taxa básica dos juros, a Selic. Que cairia de 11,5% para 11,25%. Nada extraordinário. Mas melhor do que continuar como está.
SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a reportagem Vendas da indústria sobem 6,5% em julho, de Fabio Graner, nO Estado de São Paulo.
No mesmo O Estado de São Paulo, vale a pena ler a notícia CNI teme elevação dos juros.
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