Natal gordo. Operações de crédito e 13º salário vão garantir muito dinheiro para o consumo
Está sobrando dinheiro para o crédito. A conclusão não é minha, mas de analistas financeiros. Estimam, esses profissionais, que cerca de R$ 35 bilhões estarão disponíveis para os interessados, em instituições bancárias e afins.
O preço do crédito já é outra coisa. Mas estarão prontos para ser emprestados nas compras do comércio até o final do ano. Esse volume de recursos é mais de 20% superior ao que foi posto no mercado ano passado. Por quê? Simples, a redução dos juros. Baixa, talvez. Mas consistente, desde o início de 2006.
Além disso, há um acréscimo de recursos considerável no pagamento do 13º salário. Acredita-se que passe de R$ 53 bilhões só nesse aporte, a ser feito pelas empresas privadas (especialmente) e também por governos em todos os níveis. A razão, aí, é a redução do desemprego e, sobretudo, a ampliação do número de empregos formais.
Para se ter uma idéia do montante disponível, e que será, é o que se avalia, integralmente jogado no consumo, os quase R$ 90 bilhões significam algo como 3,5% do Produto Interno Bruto do ano. Não é pouca coisa. Além do que, num círculo virtuoso, o troco todo vai gerar os empregos tradicionalmente acrescidos ao mercado de trabalho nos finais de ano.
O que não se sabe é o impacto disso tudo no futuro próximo. Mas pode-se acreditar, de qualquer forma, que pelo menos por mais seis meses a economia tende a ficar aquecida. Que bom se isso se transformar em colchão para o período seguinte. Mas, bem, aí é melhor esperar pra ver.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a reportagem Natal injeta R$ 88,7 bi na economia, de Marcelo Rehder e Renée Pereira, nO Estado de São Paulo.
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