O conclave (2). Qualquer prognóstico, a esta altura, será pouco mais, se for, que um palpite
Que tudo começou como uma futrica sexual, há pouca dúvida. Se há. Que evoluiu para um escândalo muito mais pela ação da revista Veja, logo seguida por outros veículos da mídia grandona (e da que se acha), também é verdade. Relembre-se que, no início, havia uma clara pré-disposição de absolver liminarmente Renan Calheiros – acusado de pagar despesas pessoais, no caso a pensão alimentícia de uma filha com a amante jornalista, com troco de lobista de empreiteira.
Essa vontade, isso é claro, foi se esvaindo aos poucos. Graças, não tenho qualquer resquício de dúvida, à ação da mídia. Daquela mesma, que você, que me lê, já sabe. E Renan foi minguando, minguando, minguando. Virou um fiapo político – seja ou não culpado. E, penso, é, sim, culpado. Ele e vários outros parlamentares.
Dito isso, ninguém tem condições, agora, de afirmar peremptoriamente, que resultado surgirá do conclave marcado para o final da manhã desta quarta. Então, o que se vê, inclusive travestido com informações, é mero palpite. Que pode estar ou não correto.
Nessa onda, entro eu. Secreto, ou não, o voto, no palpite claudemiriano, é que Renan Calheiros será cassado. Se essa é a decisão mais ou menos justa, só o futuro dirá. Mas, palpitando, desconfio que o senador alagoano vai dar um tempo na política. Um longo tempo, aliás. Oito anos, para ser mais preciso.
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