Grampos. Você tem troco e quer bisbilhotar alguém? Acredite: sobram alternativas no mercado
Os jornalistas José Mauro Batista (editor) e Ricardo Ritzel (repórter) assinam excelente reportagem publicada neste final de semana, pelo jornal A Razão. Pena que, pelo menos até a noite de ontem, o material não estava disponível na internet. Mas, se você é assinante, não deixe de ler o exemplar que tem em casa. Se não, vai ao jornal ou tente numa banca próxima ou ainda aguarde a publicação pela grande rede. O fato é que os profissionais mostram, na palavra inclusive de um detetive, que se houver troco, tudo é possível. Pelo menos o entrevistado me levou a pensar nisso.
Ah, a reportagem também mostra como funciona para que um grampo seja feito na forma da lei. Aliás, às vezes é a única maneira de destrinchar um caso encalacrado do ponto de vista policial. E isso, inclusive, precisa ser devidamente preservado, em nome da própria (e necessária) atividade das autoridades, em benefício da sociedade.
Fora da legalidade, porém, já aumentou bastante o mercado do grampo, como mostra reportagem assinada por Márcio Falcão e publicada no último sábado, 6, pelo Jornal do Brasil. Acompanhe:
Políticos gastam fortunas para não ter conversas interceptadas
O receio de políticos, empresários e profissionais liberais em geral movimentou na última semana o mercado de produtos anti-grampo em Brasília e São Paulo. Empresas especializadas em garantir privacidade tiveram um aumento de até 40% na procura por serviços – como varredura, equipamentos de segurança e blindagem acústica – para o mundo político e empresarial.
Mas são os celulares anti-grampo que conquistaram o posto de vedete do momento. Depois da divulgação de um diálogo entre autoridades que comprovariam escutas ilegais, foram vendidas, em apenas uma loja, 30 unidades do aparelho…
… Como a maior parte dos grampos é feita através das ondas e milhões de dados vão sendo alterados por segundo pelo sistema, fica praticamente inviável grampear. O novo mino custa em média de R$ 1,4 mil…
… Os fornecedores sustentam que o recurso é o mais seguro porque consegue bloquear até mesmo o grampo realizado pela operadora de telefonia do cliente se os dois aparelhos que estiverem em uso possuírem o sistema. Hoje, os celulares são fáceis de serem grampeados, especialmente durante a comunicação entre o aparelho e a torre. Com a criptografia, calcula-se que se alguém captar a conversa poderá levar até 20 anos para conseguir decifrar…
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra da reportagem Políticos gastam fortunas para não ter conversas interceptadas, de Márcio Falcão, no Jornal do Brasil.
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