CPMF. Serra e Aécio ainda querem ver prorrogação aprovada. E pressionam senadores tucanos
O jogo é, como tenho escrito por aqui, cada vez mais duro. E está exigindo tudo e mais um pouco do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus aliados. Muito por demagogia, bastante por sinceridade, um pouco por absoluta tentativa de ganhar algum, senadores estão se sentindo estimulados a não prorrogar a CPMF até 2011.
E contam com o apoio de parte do empresariado, inclusive de lideranças importantes como a Federação das Indústrias de São Paulo – aquela que nada faz para reduzir o Cofins ou o imposto que beneficia o Sistema S (além do imposto sindical), ambos sonegáveis, mas se mata para ver rejeitado o único tributo insonegável do País.
O fato é que a situação atingiu tal radicalismo que até mesmo o que era escondido teve que vir à luz. Os governadores tucanos Aécio Neves, Minas, e José Serra, São Paulo, ambos com pretensões presidenciais e sabem o quanto significam R$ 40 bilhões, resolveram agir mais às claras. E estão tentando demover tucanos que não querem aprovar a prorrogação. Vão conseguir? Não se sabe.
Ah, embora de forma coadjuvante, também a gaúcha Yeda Crusius entrou no jogo. Não pediu publicamente, mas já expôs sua opinião favorável à CPMF – inclusive porque parte do troco vem para o Rio Grande. Que, como se sabe, está daqueeeele jeito, em termos de finanças públicas.
A votação em primeiro turno pode acontecer ainda nesta semana. Mas, talvez porque não imaginem ter os votos necessários, os oposicionistas (DEM e PSDB na dianteira) tentam adiar a apreciação, que já pode ser feita a partir desta quinta-feira. Como isso vai terminar? Não sei. Não sei, meeeesmo. Exceto que está sobrando demagogia no pedaço. Se bem que isso não é exatamente uma novidade, não?
SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a nota Serra e Aécio tentam rever oposição tucana a CPMF, publicada por Josias de Souza, da Folha de São Paulo.
Leia também a notícia CPMF é necessidade para a saúde, diz Yeda, publicada por ZH.Com, com informações da Agência Estado.
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