Quem manda?! Banco Mundial quer que Aod Conha permaneça na secretaria estadual da Fazenda
Desconfio (para não dizer que discordo) de todas as opiniões expostas pelo jornalista Políbio Braga. Mas isso não significa que duvide das informações dele. Ainda mais quando o assunto é política e economia. Agora, leia a nota que ele escreve acerca das relações do Banco Mundial com o Governo do Estado, acerca do empréstimo prometido para o Rio Grande. A seguir, na íntegra:
Banco Mundial não quer surpresas e prefere Aod na secretaria da Fazenda
Informações dos últimos dias de que o secretário Aod Cunha poderia deixar a secretaria gaúcha da Fazenda para assumir outra função no governo acenderam a luz vermelha no Banco Mundial. Neste momento o secretário está em Nova Iorque e em seguida viajará a Washington para retomar as negociações destinadas a tomar US$ 1 bilhão de empréstimo, dinheiro que será usado para melhorar o serviço da dívida de R$ 33 bilhões que o governo do RS tem com o governo da União. O banco tinha prometido US$ 500 milhões, melhorou a oferta depois que conheceu o Plano de Recuperação do Estado, mas voltou atrás com a rejeição decretada pela Assembléia do RS. Isto obrigou o governo a retomar novas negociações, a fim de examinar as outras alternativas de ajustes exigidas pelo Banco Mundial. É o que faz Aod neste momento em Washington.
. As negociações do governo gaúcho com o banco são feitas de perto por Aod desde o início do ano e vêm tendo ritmo acelerado, como técnicos do banco já reconheceram publicamente. É por isto que alterações na posição ocupada por Aod, que sairia da Fazenda para assumir a secretaria Geral do Governo, neste momento de fechamento da operação, não foram bem recebidas, porque poderiam comprometer a relação estabelecida entre as equipes que examinam um projeto que é encarado como estratégico para que o Piratini alcance as metas do governo e garanta o desembarque de recursos internacionais.
. Instituições como o Banco Mundial não gostam de surpresas, não estão acostumadas a mudanças bruscas de interlocutores com os quais estão acostumados e nos quais confiam, e sobretudo exigem garantias sobre a execução das contrapartidas estabelecidas.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui outras notas e informações publicadas por Políbio Braga.
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