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Sim, e daí?! Cai o superávit brasileiro. Mas exportação é recorde, e sobraram US$ 40 bilhões

Você pode ler a notícia pelo seu lado ruim. Ele existe. E nem precisa fazer muito esforço, pois é realçado pela mídia grandona (e a que se acha), como você pode conferir na sugestão de leitura, lá embaixo. E qual o ponto negativo da coisa? Simples: o superávit comercial brasileiro (a diferença entre o que compramos e vendemos ao e no exterior) caiu quase 14%. Foi de US$ 40 bilhões em 2007, contra US$ 46 bilhões no ano anterior.

 

Se quiser, ainda pode piorar mais a informação. Acrescentando que é a primeira vez, desde 1997, que se constata queda de um ano para outro. Isso significa, pergunto, que o resultado é ruim? Só se você ficar apenas com essas notícias. Se for mais adiante, buscar outros ângulos, também disponíveis, poderá até pensar que quem dá esse tipo de destaque é terrorista. Nem mais, nem menos.

 

Por quê? Ora, se é verdade que o superávit se reduziu, ele ainda segue bilionário. E naquele ano, 97, em que tamb´m havia se constatado queda, valor positivo (repito, positivo) foi de US$ 33,6 bilhões. O que é 20 (viiinteee) % menor que o “ruim” de 2007: US$ 40 bilhões.

 

Mas nem isso, penso, é o mais importante. O que interessa, primeiro, é que as exportações foram recordes em toooda a história econômica do País. Vendemos, com Dólar baixo e tudo (o que provoca aquela choradeira já conhecida), nada menos que US$ 160 bilhões. E até o que poderia ser péssimo, é, na verdade, excelente: aumentaram bastante as importações, que chegaram ao nível nunca atingido de US$ 120 bilhões.

 

E por que também isso é bom? Porque, ao contrário do que ocorria normalmente, o País está importando equipamentos e bens de capital, o que significa investimento na produção. E não no consumo – que também aumentou, o que mostra uma melhoria na qualidade de vida da população.

 

Então, pergunto aqui do meu canto: onde está a notícia ruim? E olha que nem escrevi aqui que os Estados Unidos (eles mesmos, os meninos do Tio Sam) têm o maior déficit comercial (atenção, déficit, e não superávit) do planeta. E nem por isso deixam de ser a economia mais desenvolvida do mundo. Que tal?

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a reportagem “Superávit comercial do País cai pela 1ª vez em dez anos”, de Giuliana Vallone e Célia Froufe, d’O Estado de São Paulo e da Agência Estado.

 

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