Coluna Observatório. O grande perdedor do enrosco no PDT
A seção Luneta
Nesse enrosco todo em que o PDT se envolveu, e que aparentemente não tem dada próxima para terminar, há pelo menos um grande perdedor: Juliano Piccoloto.
A avaliação não é da coluna, mas de um integrante do partido que gosta do ex-secretário de Trânsito e Mobilidade Urbana. Diz esse militante pedetista que, em política, há precedência existe.
O que ele quis dizer, resumindo, é que não era (e não é) ainda a hora de Piccoloto. Que, provavelmente induzido, atropelou a cronologia. É uma análise respeitável, com certeza.
Aliás, e isso quem afirma é esta coluna, o PDT de Santa Maria está cada vez mais parecido com o PMDB nacional de 2006. Ainda que contra a vontade.
Explicando: os peemedebistas se dividiram entre os que queriam candidato a presidente e os que preferiam não ter, para apoiar quem quisessem, nos Estados e apoiar o vencedor, depois.
É o que poderá acontecer com o PDT agora: não apoiar ninguém na majoritária e apenas concorrer em faixa própria, projetando eleger uma bancada de dois edis, ao menos.
Ao contrário do PMDB nacional, porém, há aqui o grande risco do fiasco eleitoral. E não ter nada a oferecer ao vencedor, depois.
O PMDB, nessa onda toda, está em silêncio. Faz sentido. É provavelmente o maior vitorioso da ronha pedetista. Melhor então ficar quieto, pensam corretamente, os adeptos do deputado Cezar Schirmer – militantes do PP incluídos.
Chama a atenção a insistência de, contra todas as evidências, Jorge Pozzobom, agora secretário adjunto da Secretaria Geral do Governo Yeda, declarar em alto e bom tom que é candidato a prefeito. Há quem duvide. E não é pouca gente.
Chega a enternecer o discurso do PSB, por exemplo, que tenta viabilizar uma chapa própria à prefeitura, mesmo que a sigla mantenha dois secretários de município. Pena que política não se faz com ternura. Pena.
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