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Mídia. Um pouco de civilização faria bem. A notícia e o receptor talvez até saíssem ganhando

É um absurdo o que acontece com figuras públicas. E isso é visto todos os dias, por quem se digna a ver essas entrevistas ao vivo feitas por rádio e televisão. O entrevistado, seja ele um jogador de futebol ou uma autoridade, é verdadeiramente agredido por microfonadas. Isso quando não falta a educação, eventualmente de ambas as partes.

 

Garanto que isso também acontece em Santa Maria, basta ir a algumas entrevistas (e olha que fico, ainda bem, só de longe), inclusive coletivas, e até nas organizadas, para perceber o problema que, como não é resolvido (pressão das empresas e falta de educação mesmo), traz como resultado uma informação incompleta. Ou nenhuma informação.

 

Utilizando exemplos concretos, pelo menos um deles recente, quem reflete sobre isso é o veterano jornalista Carlos Brickmann, na seção “Circo da Notícia”, publicada semanalmente no sítio especializado Observatório da Imprensa. Ah, e ele fala também sobre o caso do Sérgio Moraes, deputado gaúcho que teria dito (foi interpretado assim, pelo menos, mas há quem pense diferente) “se lixar para a opinião pública”. Acompanhe:

 

“CAÇA À FONTE – Jornalismo explícito e as boas maneiras

 

Ronaldo Fenômeno, por três vezes o Maior Jogador do Mundo escolhido pela FIFA, maior artilheiro da história da Copa do Mundo, astro maior do Corinthians, campeão invicto, não participou da festa do título dentro de campo: quando o gramado foi invadido por dezenas e dezenas de pessoas armadas com microfones, preferiu ir para os vestiários. Já se cansou de levar microfonadas na cara.

 

Esta é uma cena bem brasileira: o ministro sai de uma reunião, é cercado na rua e tem de falar agachado, enquanto entra no carro. Não pode dar certo: no meio da gritaria, tomando empurrões e esquivando-se, muitas vezes sem êxito, dos microfones que tentam acertá-lo, Sua Excelência acaba falando coisas incorretas, impensadas – e inúteis como notícia, se bem que possam ser divertidas como fofoca. Mas não é fofoca que nós, jornalistas, estamos procurando (ou pelo menos não é o que deveríamos estar fazendo).

 

Voltemos a Ronaldo: em poucos minutos ele sairá do vestiário, de banho tomado, e poderá ir para uma sala totalmente equipada, com ar condicionado, saída para microfones, tomadas para todas as câmeras, onde dará sua entrevista. Voltemos ao ministro: talvez ele não queira dar uma entrevista formal e tenha de ser cercado, mas que é que vai dizer de importante daquele jeito?

 

Há muitos anos, quando o Corinthians passou muito tempo sem ganhar um título paulista, o presidente Wadih Helou deixava o campo após uma derrota decisiva, vaiado pela torcida após outro campeonato perdido, cercado por repórteres que queriam saber como ele se sentia. Um repórter se aproximou e desfechou: “Então, presidente, perdeu mais uma, né?” Tomou um soco. O hoje deputado Wadih Helou estava errado, claro: uma das obrigações do dirigente é dar o exemplo. Mas quantos conseguiriam manter o cavalheirismo naquela situação?…”

 

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, também outras reportagens e análises produzidas e publicadas no sítio especializado Observatório da Imprensa.

 

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