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Operação Rodin. É “só” o que se quer saber: afinal, quem são os deputados citados pela PF?

O deputado estadual Fabiano Pereira, presidente da CPI do Detran, anuncia-se, está em Santa Maria nesta quinta-feira. Vem conversar com a juíza Simone Barbisan, da 4ª Vara Federal, a quem será entregue amanhã o relatório dos trabalhos da Polícia Federal, que apura desviou de cerca de R$ 44 milhões dos cofres públicos.

 

Essa é a parte, digamos, pública de todo esse enrosco. O que ocorre nos bastidores, porém, é um grande ti-ti-ti. Especialmente depois de, na segunda-feira, o superintendente da Polícia Federal no estado, delegado Ildo Gasparetto, ter declarado que há pelo menos um deputado federal e um ex-deputado estadual que, por força do foro privilegiado, serão citados mas não investigados – a menos que seja permitido (o que será solicitado formalmente), respectivamente, pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Tribunal de Justiça do estado.

 

A propósito disso, e evidentemente por força também da grande expectativa gerada em Santa Maria, especialmente nos setor político, reproduzo nota que publiquei na manhã de ontem. Confira:

 

“Operação Rodin. O grande assunto é: quem são os deputados citados pela Polícia Federal?

 

A resposta à pergunta do título deverá ser conhecida já na sexta-feira. Mas há jornalistas, provavelmente com acesso a documentos de que eu (e a maioria dos mortais) não disponho, antecipam informações e até opinam sobre seus efeitos. Um deles é Vitor Vieira, experiente profissional, com passagem pela mídia grandona (e pela que se acha) e também em assessoria de órgãos públicos. Ele é o editor da newsletter (e página na internet) VideVersus, distribuída a cerca de 100 mil assinantes no Rio Grande do Sul. Confira você mesmo o que ele escreve:

 

 

“Polícia Federal vai pedir investigação de José Otávio Germano e João Luiz Vargas

 

A Polícia Federal no Rio Grande do Sul vai entregar à Justiça Federal, em Santa Maria, na 3ª Vara Federal Criminal, para a juíza Simone Barbisan, nesta sexta-feira, o relatório final da Operação Rodin, que investigou fraude no Detran RS, na qual foram desviados mais de 43 milhões de reais. O relatório vai denunciar 39 pessoas.

 

Mais grave: Videversus apurou, nesta terça-feira, junto a três fontes ligadas próximas à investigação, que preferiram manter seu anonimato, que a Polícia Federal vai indicar à Justiça que sejam requeridas autorizações especiais, do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Federal Regional, para que sejam investigadas, com o objetivo de apresentação de denúncia, duas figuras de grande projeção política no Rio Grande do Sul: o deputado federal José Otávio Germano (PP), ex-secretário de Segurança do Estado, responsável pela indicação dos dois ex-presidentes a serem indiciados (Flávio Vaz Netto e Carlos Ubiratan dos Santos, o Bira Vermelho), e o atual presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, conselheiro João Luiz Vargas, ex-deputado estadual (PDT).

 

Sobre este último pesa o fato de a investigação da Operação Rodin ter constatado a existência de um filho dele como sócio da empresa Pensant, consultoria comandada por José Fernandes, ex-coordenador da bancada do PDT na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, ex-presidente da Caixa Econômica Estadual no governo Alceu Collares (PDT) e ex-chefe de gabinete da presidência da Assembléia, na gestão do ex-deputado estadual Renan Kurtz (PDT). Todos os personagens, inclusive o conselheiro João Luiz Vargas, são ligados à política em Santa Maria.

 

Mais um fato é apontado em relação ao atual presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul pelas três fontes consultadas por Videversus e que pediram sua manutenção no anonimato: ele teria sido o responsável pelo exame das contas do Detran gaúcho na maior parte dos anos da última década. Apesar de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, João Luiz Vargas também comandou comitiva que foi até o Palácio Piratini, no ano passado, pressionar para que a governadora Yeda Crusius assinasse carta de apoio a empresa que está sendo acusada de fraudar avais da estatal federal CGTEE para obtenção de empréstimos na Alemanha, supostamente para a construção de usinas térmicas no Estado.

 

Já era intenso, ontem, o comentário nos corredores da Assembéia Legislativa, nos andares do Centro Administrativo e do Tribunal de Justiça, de que o conselheiro João Luiz Vargas não terá outra opção senão pedir afastamento da presidência do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. O ex-presidente do Detran gaúcho, no governo Yeda Crusius (PSDB), Flávio Vaz Netto (do PP, indicação direta do ex….”

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui  a íntegra da nota “Polícia Federal vai pedir investigação de José Otávio Germano e João Luiz Vargas”, de Vitor Vieira, editor do site VideVersus.

 

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