Federais. São tantas as ações em andamento, que o vazamento até que não é tanto assim

Segundo uma última contagem que li, o número de ações em andamento (seja no início, no meio ou no fim, com a participação já em processos judiciais), na Polícia Federal, passa de três dezenas. E a estatística se refere apenas às operações que envolvem diretamente o quesito corrupção – não se referindo a crimes “normais”, como contrabando, por exemplo.

Em cada uma dessas atividades, são dezenas, às vezes centenas de agentes atuando. E não apenas federais, mas da Receita e até de organismos estaduais. Agindo em conjunto, o que dá ainda maior eficácia ao trabalho de “lavagem” da sociedade marginal.

E olha que se está anotado aqui apenas o que já veio a público. Muitas outras operações, neste exato momento, estão sendo preparadas. Algumas em fase, quem sabe, de consulta a magistrados, pedindo autorização para uma ou outra tarefa de caráter investigatório, inclusive escutas telefônicas.

Diante de tudo isso, cá entre nós, o vazamento de informações é algo praticamente inevitável. Não desejável, provavelmente, do ponto de vista da atuação das autoridades. Mas aceitável – diante do ponderável exercício de imaginação que indica ser impossível, com tanta gente trabalhando, que algum não fale. Ou não entregue informações para, digamos, algum jornalista.  

Isso é bom? Não, do ponto de vista estritamente policial. E precisa ser resolvido, sempre falando tendo em mente a atividade profissional dos federais. Mas nada que possa ser totalmente evitável. Ou estarei muito enganado? Decida você, caro leitor.

SUGESTÕES DE LEITURA – confira a nota“Lacerda aperta parafusos na Polícia Federal, de Helena Chagas, publicada no Blog dos Blogs, onde você pode encontrar outras informações e análises pra lá de interessantes.

Leia também o que escreve a coluna “Painel”, da Folha de São Paulo, em reprodução (“Freio de arrumação nas ações da PF”) citada por Felipe Recondo, na página de Ricardo Noblat na internet.