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Marcando de cima. Se troco do Banco Mundial vier logo, Yeda precisa agradecer muito a Simon

Na sexta-feira passada, ele protagonizou uma cena insólita, no Senado. Ficou três horas e pouco na tribuna, aparteado por dois ou três colegas que recrutou para ajudá-lo. Tudo para impedir o fim da sessão no parlamento e permitir a chegada de um documento do Palácio do Planalto, que pudesse ser lido em tempo para ir às comissões da Casa.

 

Pois, nessa terça-feira, olha o homem aí de novo. Sim, Pedro Simon (na foto de Leopoldo Silva, da Agência Senado), que é dele que escrevo, arrebanhou colegas de tudo quanto é lugar para dar quorum na Comissão de Assuntos Econômicos. Afinal, senadores do Nordeste estão nas suas festas regionais e nada de aparecer em Brasília. Pois Simon conseguiu e foi votado o tal documento – que não é outro senão a autorização para o Estado contrair empréstimo de R$ 1,1 bilhão junto ao Banco Mundial. E agora só falta o plenário do Senado.

 

Não se sabe se o peemedebista terá que fazer novo rolo compressor para trazer gente, mas uma coisa é certa: se esse trocão vier logo, a governadora Yeda Crusius terá que agradecer ao mais veterano dos políticos gaúchos. Sem a ação dele, o empréstimo só seria aprovado lá bem mais adiante. Pode acreditar.

 

Sobre a sessão da CAE desta terça, e o que aconteceu no Congresso Nacional, acompanhe o material distribuído aos veículos de comunicação, pela Agência Senado. O texto é de Laura Fonseca. Acompanhe:

 

“Contratação de crédito externo pelo Rio Grande do Sul é aprovada na CAE

 

O projeto de resolução que autoriza a contratação de operação de crédito externo no valor de US$ 1,1 bilhão entre o governo do Rio Grande do Sul e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), com garantia da União, foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) nesta terça-feira (24). O pedido de empréstimo foi objeto de vigília na sessão da última sexta-feira (20), por iniciativa do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que contou com o apoio dos senadores Heráclito Fortes (DEM-PI) e Gim Argello (PTB-DF).

 

O empréstimo constitui-se modalidade de apoio a políticas públicas, denominado Development Policy Loan (DPL), cujos recursos são destinados a apoiar programa de Sustentabilidade Fiscal para o Crescimento do estado. Pelo projeto de resolução aprovado, os juros serão de Libor mensal, acrescidos de 0,13% ao ano, com amortização prevista para 360 meses, sem período de carência.

 

A relatora do projeto de resolução, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), solicitou a tramitação em regime de urgência no Plenário do Senado, o que também foi aprovado. Ao ler seu parecer favorável, afirmou ter recebido correspondência do Supremo Tribunal Federal (STF), assinada pelo ministro Ricardo Lewandovsky, com decisão favorável ao entendimento de que o governo do Rio Grande do Sul não estava descumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal, podendo, portanto, ter seu pedido de empréstimo apreciado pelo Senado.

 

Pedro Simon lembrou que o empréstimo está sendo contratado para cobrir o serviço da dívida do estado, que foi federalizada durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Assim, o estado poderá pagar 12% ao ano, em vez de pagar 19%, como vem acontecendo.

 

Esse empréstimo foi responsável pela prorrogação da sessão da última sexta-feira, quando Pedro Simon aguardou que o governo federal enviasse os documentos relativos ao aval do Tesouro Nacional para a operação de crédito. Com a iniciativa, o senador esperava garantir o tempo necessário para a tramitação da matéria, que, além da análise da CAE, precisa ser votado pelo Plenário do Senado.

 

O senador Heráclito Fortes revelou na reunião da CAE que, por ter sido solidário com o Rio Grande do Sul e por ter auxiliado Simon a manter aberta a sessão de sexta-feira, recebeu muitos e-mails com elogios e incentivos.

 

Ideli Salvatti propôs, ainda, a realização de uma audiência pública, em data futura, para debater a situação financeira do Rio Grande do Sul, por entender que essa discussão pode servir de exemplo para outros estados que também desejem remodelar o perfil de sua dívida mobiliária.”

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, também outras reportagens produzidas e distribuídas pela Agência Senado.

 

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