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Pesquisa. Incrível! Mídia perde popularidade. Mas a notícia, claro, deixou de ser importante

Até outro dia, e ainda hoje, se dizia, e se diz, que a mídia “é o quarto poder”. Uma bobagem. Mas a mídia acreditava nela, e até tentava eleger governadores e presidentes. Às vezes, reconheça-se, consegue. Mas talvez não seja mais o caso de acreditar nisso como valor absoluto.

 

Enquanto as pesquisas apontavam a influência dos veículos de comunicação, e a confiança que a sociedade depositava neles, até que o argumento poderia se sustentar. Mas até isso, ou principalmente isso, está mudando.

 

A Associação dos Magistrados Brasileiros realizou levantamento de caráter nacional para aferir a confiança da população nas instituições. Não faz muito, a mídia estava lá em cima, em segundo ou terceiro lugar, no máximo. Perdia para a Igreja e, eventualmente, para o hoje desacreditado correio. E olhe lá.

 

Pois bem, agora, está lá pelo sexto lugar, e em queda. Perdeu a vez para as Forças Armadas, a onipresente Igreja e a ascendente Polícia Federal, para ficar nos três primeiros. Mas atenção: não queira ver isso nos jornais. Ao contrário, ninguém lembra mais da importância disso. Tanto que a colocação da imprensa no levantamento sequer é publicada. E quando é, fica lá para o último parágrafo.

 

A propósito, confira a reportagem de Luiz Orlando Carneiro, publicada pelo Jornal do Brasil. Para que você não precise ler a notícia inteira, “puxei” para um pouco mais acima a colocação da mídia. Dê uma olhada:

 

“Forças Armadas, Igreja e PF, as mais confiáveis

Segundo a AMB, a classe política está em descrédito

 

As Forças Armadas (79%), a Igreja Católica (72%) e a Policia Federal (70%) são as instituições em que mais confiam 1.500 pessoas adultas com acesso à rede telefônica, de todas as regiões do país, ouvidas em pesquisa encomendada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) ao Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas. Os partidos políticos (22%) e a Câmara dos Deputados (24%) são as instituições – numa lista de 17 – que obtiveram os menores índices de confiança da população. O Judiciário ficou em sexto lugar – atrás do Ministério Público (60%) e da Imprensa (58%) – no ranking do Barômetro de confiança nas instituições brasileiras, que a AMB pretende atualizar de três em três meses.

 

Para o presidente da AMB, juiz Mozart Valadares Pires, os resultados da pesquisa não foram surpreendentes, até por que confirmaram a desinformação existente quanto às instituições que fazem parte do Poder Judiciário. A maioria dos pesquisados (67%), por exemplo, acha que o Ministério Público integra o Judiciário, embora os entrevistados tenham demonstrado, na lista geral a eles apresentada, confiar mais no MP (promotores e procuradores de justiça) do que na magistratura em geral…

 

… As instituições que desfrutam de maior confiança, ainda de acordo com o “barômetro” da AMB, foram também as que mereceram notas maiores (de zero a 10), em termos de atuação. O governo federal teve avaliação mais positiva do que o grau de confiança. Ficou em quinto lugar, com nota 6,1 (a mesma concedida ao Judiciário e ao Ministério Público), logo depois das Forças Armadas (7,4), Igreja Católica (7,1), Polícia Federal (7,1) e Imprensa (6,6). Neste quesito, os menos votados foram as prefeituras (5,3), as assembléias legislativas (5), o Senado (4,7), a Câmara dos Deputados (4,3), as câmaras de vereadores (4) e os partidos políticos (3,6).”

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra da reportagem “Forças Armadas, Igreja e PF, as mais confiáveis”, de Luiz Orlando Carneiro, no Jornal do Brasil.

 

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