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Caso “dantesco”. Fica cada vez mais evidente a intenção de “acomodar” a investigação da PF

É possível que a população brasileira seja composta de 180 milhões de ingênuos. O tal espírito “cordial” deve mesmo existir, e não se tratar apenas de um argumento elitista para justificar as diferenças na escala social. Ok, ok, ok. Somos todos “cordiais”. Mas, será mesmo que todos os nascidos nesse Brasil continente são bobos? Hein? É o que, aparentemente, querem fazer crer uns e outros.

 

Não. Na-na-ni-na-não! Otários, não! Ou, conceda-se, pelo menos não sempre. Como agora. Querem nos infligir a idéia de que o delegado federal Protógenes Queirós (e também os colegas dele Karina Murakami Souza e Carlos Eduardo Pelegrini Magro) se afastou do inquérito “dantesco” porque vai “fazer um curso”? Tenham a santa paciência. Há um limite entre o cordial e o cordato. O primeiro é sempre alegre e feliz, o segundo é acomodado e leniente. Isso também não.

 

O fato é, e quem tem medianas informações (é o caso deste, nem sempre, modesto repórter) sabe que um bom contingente de grã-finos (e não apenas de troco) da política (desde Fernando Henrique Cardoso, senão antes), da mídia (ex-revista Veja e seus escroques travestidos de colunistas) e da economia (incluindo figurões bastante conhecidos), se não receberam “agrados” diretos de Daniel Dantas, dele se beneficiaram e a ele serviram. O resto é conversa mole.

 

Aliás, nada mais deprimente, para quem tem um mínimo de conhecimento das coisas da política dos últimos dez anos, que a foto de Gilmar Mendes e Tarso Genro (a que ilustra esta nota foi tirada por Wilson Dias, da Agência Brasil) dando a entender que tudo o que falaram anteontem, ontem já não valia? Tenham dó!

 

O fato é que, sim, não necessariamente o presidente do Supremo ou o ministro da Justiça, querem acochambrar tudo. Deixar como está. E se não for possível, ir levando. Até que os cordiais esqueçam. O resto é conversa mole pra boi dormir. Mas que há óbvia intenção de acabar com a brincadeira, ah, disso não sobrevive uma mísera dúvida.

 

EM TEMPO: talvez, porém, essa turma toda se engane. Como já aconteceu nem faz tanto, quando a mídia foi derrotada por goleada numa eleição presidencial. Daqui a pouco, surge outro delegado federal, mais um dos (muuuuitos) juizes corajosos e Dantas (com seus armários embutidos cheios de documentos comprometedores) entre de novo numa cela. E daí, vão fazer o quê? Hein?

 

 

SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a nota “PF não pode esconder o que estava atrás da parede falsa”, publicada por Paulo Henrique Amorim.

Leia também a reportagem  “CDs apreendidos pela PF foram achados em parede falsa na casa de Daniel Dantas”, publicada pela ZH.Com, com informações da Agência Estado.

 

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