Caso dantesco. Mandam o Heráclito ficar quietinho. E ele obedeceu. Só resta saber por que
Tem o seguinte: foi um bafafá dos grandões a prisão, faz duas semanas, de um grupo seleto de grã-finos, a começar pelo superescroque Daniel Dantas, banqueiro que, de acordo com o trabalho da Polícia Federal, poderia ter lesado o contribuinte nativo em qualquer coisa como R$ 4 bilhões (atenção, biiiiilhões).
Um dos grandes, talvez o maior deles, amigos de DD no Congresso, uma casa em que ele tem muitos adeptos, é Heráclito Fortes, o ínclito senador do DEM piauiense. Pois, enquanto todo mundo ficou quietinho num canto, depois que Gilmar Mendes concedeu dois hábeas-corpus que fizeram com que Dantas não ficasse no xilindró mais que dia e meio, o Heráclito continuou a deitar falação.
Só que, de repente, também ele se recolheu. Por que isso teria acontecido, é a única dúvida, neste momento. A propósito da recente mudez do senador, quem escreve é Carlos Lopes, analista político da Santafé Idéias, em texto publicado no sítio editado por Etevaldo Dias. Dê uma conferida, a seguir:
Operação da PF deixa quase tudo muito quieto
No que depender dos conselhos recebidos, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) deve assumir postura mais discreta na repercussão da Operação Satiagraha, da Polícia Federal. Fortes foi citado no relatório do delegado Protógenes Queiroz, que presidiu o inquérito policial, como integrante da rede de influência de Daniel Dantas no Legislativo.
Heráclito Fortes ajuizou duas representações contra o delegado, junto ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal, pela quebra do seu sigilo funcional. Ele obteve no Supremo Tribunal Federal o acesso ao processo que investiga o suposto esquema de fraudes que deu origem à Operação Satiagraha. Mesmo estando em viagem aos Estados Unidos, o senador vem fazendo declarações com críticas à condução que Protógenes Queiroz deu ao inquérito.
Os defensores de que o senador adote uma postura mais prudente argumentam que o delegado Queiroz já foi afastado do inquérito, sendo substituído pelo delegado Ricardo Saadi. Além disso, saíram de férias o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, o juiz da 6ª Vara Federal Criminal, Fausto De Sanctis, e o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa.
Do lado dos envolvidos ninguém fala, a começar de Daniel Dantas. O ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, advogado de Dantas, só é ouvido nos grampos da PF. Enfim, todas as pessoas com algum envolvimento nesse inquérito estão caladas, à exceção do senador.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, outras notas publicadas por Etevaldo Dias.
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