Eleições 2008. Suspeita-se que, enfim, começou a campanha para a prefeitura de Santa Maria

A peleia por uma vaga na Câmara de Vereadores corre solta em encontros no centro da cidade e na periferia. É visível, enfim. Há até um candidato que pôs um sujeito a andar de um lado para outro, na rua do Acampamento (eu vi, ninguém me contou), ao longo do dia inteiro, na sexta-feira. O homem deve estar ganhando bem para fazer essa maratona, pois, magrinho do jeito que é, vai sumir – se agüentar até o final da campanha. Sem falar na dor nas articulações, de tanto segurar o estandarte ao cabo do qual está a foto do candidato.

Enfim, exemplos como este se reproduzem na cidade, além de inúmeras reuniões, algumas bastante freqüentadas, outras nem tanto, mas todas tendo como protagonista um dos 100 candidatos a ocupar uma cadeira no parlamento municipal. Só entre sexta e ontem, pelo menos uma dúzia de regabofes aconteceram, a pretexto de lançamento de candidaturas. Só este (nem sempre) humilde repórter foi convidado para três, de distintas agremiações.

Quer dizer, no que toca ao Legislativo, o pessoal está trabalhando. E muito. Inclusive – e isso é normal em todas as eleições – com a preocupação única na própria candidatura. Se o visitado votar no candidato a prefeito do concorrente, melhor. Se não, não tem problema. O que vale é a sobrevivência política individual. O resto vem depois.

Mas, e para a Prefeitura? É verdade que o clima não ajudou, no domingo. E os candidatos tiveram que escolher eventos, eliminando uns e outros, em função das nuvens e da chuva. No sábado, porém, a atividade foi frenética. Inclusive no calçadão (foto), em que os apoiadores das três candidaturas se revezaram no principal cartão postal da cidade. É verdade que, como me disse certa feita um hoje veterano político (e candidato, por isso não cito seu nome), o calçadão é apenas para ser visto. Voto você não consegue ali, me garantiu.

Mas é importante estar ali. E todos estavam, inclusive de corpo presente, em alguns momentos. O que é um sinal aparente de que a campanha de fato está começando. Sem troco, reclamam todos, mas enfim, em algum momento ela teria que iniciar. Parece que essa hora chegou. É o que se suspeita.

SÓ PARA CONSTAR: o veterano político que disse a este sítio que o calçadão serve apenas para aparecer, e não dá voto, não esteve no local, na manhã de sábado.