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Observatório. Confira aqui a versão original da coluna publicada neste sábado, 20 de setembro

“A BELIGERÂNCIA A SER GERIDA PELA JUSTIÇA”

 

 

PODE ESPERAR: ações judiciais e acusações beligerantes serão a norma nessas duas últimas semanas de campanha. Com ou sem razão, as partes vão provocar a Justiça, que terá trabalho inédito, se considerados os últimos pleitos.

 

 

 

“MAIS TRÊS EXEMPLOS DE DEMAGOGIA EXPLÍCITA”

 

 

– Criar escolas de tempo integral.

– Garantir segurança à população.

– Devolver a Casa do Estudante Secundarista aos seus donos.

 

As três promessas listadas acima foram feitas nesta semana, por três candidatos diferentes, de partidos também diversos, em busca do voto do eleitorado. Que, porém, não tem o direito de ser ingênuo.

 

Afinal, as três palavras de ordem não têm a mínima chance de se realizar. Ao menos não pelos vereadores, pois não é esta a sua função.

 

Para começar, a criação de escolas é prerrogativa do Executivo. Os edis, no máááximo, podem sugerir. Ainda assim, nunca realizar.

 

Garantir segurança à população é um dever constitucional do Estado. Nem do prefeito, quanto mais do vereador. Propor políticas capazes de auxiliar a segurança, e até outras proposições mais objetivas (constantes, a propósito, nos programas de governo dos concorrentes ao executivo), são algo que apenas os prefeitos podem fazer. Nunca os vereadores.

 

A devolução da Casa do Estudante Secundarista (para quem não sabe, é um prédio inacabado na rua do Acampamento), além de tudo é um rolo que se estende no âmbito judicial. Como, então, um vereador poderá “devolve-la” ?

 

A coluna repete: há muitos bons candidatos em praticamente todos os partidos. Sobram opções, conforme o gosto político de cada eleitor. De maneira que está mais que na hora de, com todo o respeito que a sociedade merece, dar um pontapé na demagogia, recusando liminarmente idéias estapafúrdias e/ou irrealizáveis. Engodos, simplesmente.

 

 

 

“E AÍ, HOUVE CRIME ELEITORAL? DE QUEM?

 

 

O depoimento de uma senhora da zona norte nos programas de rádio e televisão de Cezar Schirmer, o desmentido posterior, com pesadas acusações, nos espaços de Paulo Pimenta, e a guerra verbal travada depois, por ambos os lados, são fatos que ainda não se sabe que influência terão, favorável ou contrária, a qualquer dos lados da disputa. Isso, aliás, ninguéééém pode afirmar.

 

No entanto, pela gravidade, trata-se de investigação obrigatória a ser feita pelas autoridades. Afinal, parece bastante provável que crime houve, de natureza eleitoral.  Quem o cometeu, é dúvida que deve estar na cabeça de muita gente, inclusive na do eleitor.

 

Ou não? Será que isso não terá importância alguma, exceto a conseqüência jurídica? Observatório duvida que exista quem seja capaz de dar uma resposta agora. Ao menos, no plano racional.

 

 

 

“EM 3 ANOS, MUITO POUCA COISA MUDOU. SE MUDOU, NA CÂMARA DE VEREADORES”

 

 

A seção “Não custa lembrar”

 

Em 20 de agosto de 2005:

 

“Linguajar está cada vez mais desbocado na Câmara. Palavras que fariam corar habituês de botecos (nada contra os comerciantes, por favor) de escuras esquinas são freqüentes na tribuna.

Adjetivos (vá lá) pouco educados são atirados como flores. Mas exalam odor próprio dos que não têm a mínima condição de discursar, e beirando a irresponsabilidade pública.

Quem quiser conferir, tem duas alternativas: assistir a uma sessão ao vivo ou, para os que podem, vê-la na TV a cabo, canal 16. Só não esqueça de tirar as crianças da sala.”

 

Hoje:

 

Os parágrafos acima compunham notas da seção “Luneta”. Foram publicados há exatos três anos e um mês. E nem se completava, ainda, o primeiro ano da atual legislatura. O brabo é que o que se retratava naquelas linhas não mudou em quase nada, ao longo do restante do mandato dos atuais edis. Sobraram bate-bocas, muitos em nível pouco recomendável na boca de qualquer um. O que resta é a esperança de que mude – não necessariamente os edis, que isso é com o eleitorado, mas com o respeito entre pares, não obstante as naturais discordâncias políticas.

 

 

 

“OS NOMES ESPECULADOS POR SCHIRMISTAS, PARA O ‘FUTURO’ SECRETARIADO”

 

 

A seção “Luneta”

 

Após passar boa parte da campanha se dividindo entre os muitos candidatos a vereador que apóia em várias cidades, Fabiano Pereira dará prioridade (exclusividade?) a Santa Maria.

 

O petista, além de Paulo Pimenta, também aposta em pelo menos dois concorrentes à Câmara. O principal deles o ex-vereador e ex-secretário Fernando Menezes.

 

Impressionam, pela quantidade, e diversidade de nomes, os comentários de militantes ligados a Schirmer, que já tratam da formação do “novo governo”.

 

Têm confiança tão grande na vitória, que “antecipam” nomes. Aliás, com absoluta certeza, não refletem as opiniões (em público, ao menos) dos cabeças da chapa oposicionista.

 

Exemplos? Em todas as listas consta Tubias Kalil, como virtual secretário da Juventude. Mas não é o único: há também “Tampa”, do PP, e “Juba”, do PSDB.

 

Outro nome recorrente é o de Cesare Barrichelo (que já teria sido inclusive “convidado”), que deixaria a parta de Cultura de Silveira Martins para assumir a do Turismo aqui.

 

Quem imagina tratar-se de delírio do colunista, pergunte a outros colegas que fazem política, e saberão do que se diz (em tom elevado) nos bastidores.

 

Dá para compor três secretariados, com as especulações feitas. Só para a Saúde são três nomes: José Farret, o também pepista Renor Beltrami e o peemedebista Jaime Hommrich.

 

Na Procuradoria, sugere-se que o cargo será de Robson Zinn ou Pedro Santini. O primeiro do PMDB, da confiança de Schirmer; o segundo do PP, e ligado a Farret.

 

A idéia que passam, na verdade, e só cá entre nós, afora o otimismo (talvez justificado) numa vitória ainda não acontecida, é a tentativa de “plantar” ou “queimar” concorrentes.

 

Tudo o que você leu acima vem do interior da aliança. Na opinião exclusiva deste colunista, na hipótese da vitória de Schirmer, são cinco os que só não estarão no primeiro escalão se não quiserem – o que também é possível.

 

Quem? José Farret (Saúde), Carlos Brasil Pippi Brisola (Administração), Antonio Candido Ribeiro (Cultura), Pedro Aguirre (Educação ou secretaria geral de governo), Antonio Carlos Lemos (Finanças ou Administração) e Renato Nicoloso (Chefia de Gabinete).

 

Você também pode encontrar este colunista diariamente às 7h45, e ao meio dia, na rádio Antena 1; e a qualquer momento no site www.claudemirpereira.com.br.

 

 

 

“FIM DE SEMANA DE GUERRA DAS ESTRELAS”

 

 

Não basta a aparição na propaganda midiática. O corpo presente ajuda um tantão, nessa hora em que o eleitor se prepara para tomar uma decisão definitiva. Por essas e outras, as principais alianças que concorrem em Santa Maria tentam trazer o máximo possível de padrinhos grandões, para mostrá-los ao distinto público e, se possível, amealhar mais apoios, agora de quem vota por aqui.

 

Aparentemente, em número os pimentistas estão ganhando. Esperava-se a visita, entre esta sexta-feira e o fim de semana, de dois ministros, Tarso Genro (Justiça) e Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário), e uma ex-ministra, Emília Fernandes.

 

Os schirmistas respondem com o verdadeiro “acampamento” do presidente estadual do PMDB e maior nome da sigla no Estado, o senador Pedro Simon, que fica por aqui no sábado e no domingo, para reforçar a campanha à prefeitura.

 

EM TEMPO: a coluna foi fechada antes da informação de que Simon não viria, o que acabou se confirmando.

 

 

 

“VITÓRIA OU DERROTA EM 22 PROGRAMAS”

 

 

Até chegar a ela, há 11

programas de rádio e

TV. O que virá por aí?

 

São exatos seis dias (dois programas diários) de rádio e cinco (também com duas edições) dias na televisão. 22 programas, no total. É o que resta de proselitismo eletrônico à disposição dos candidatos à Câmara, 12, e à Prefeitura, 10. Haverá quem diga que não haveria mais o que definir, nessa hora. É possível. Alguém diria provável.

 

No entanto, não é a regra histórica. Eleições são decididas nas duas últimas semanas imediatamente anteriores. E é aí, inclusive, que os programas rádio-televisivos têm a sua maior audiência. Portanto, quem quer modificar algum cenário, se utiliza dos últimos (não raro desesperados) recursos para reverter situações adversas. E os que se encontram em posição mais confortável, redobram os cuidados. Não se pode cometer erro. Não neste momento. Pode não haver mais tempo para encontrar a solução.

 

Dada a situação santa-mariense, em que há indícios fortes de que um está na frente, contraditando a (e isso é incrível) percepção de que o outro pode ganhar, o eleitor-espectador-ouvinte terá uma série de programas (é a aposta) de tirar o fôlego. É aqui que se ganha, ou se perde. 

 

E que instrumentos as alianças, especialmente as que polarizam a campanha, vão utilizar nesse tempo final? Segredos, se existem (e certamente os há), são guardados a sete chaves. Mas os candidatos não têm mais tempo para pensar demais. É hora de agir. A cautela ainda é boa conselheira, mas talvez não seja o caso, na hora final.

 

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