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O outro lado. Crise valoriza Dólar. E aí? Estado tem lucro de R$ 170 milhões. Saiba por quê

Há quem perca e quem ganhe, como em qualquer crise. No caso desta última, que tem nascença e moradia em território ianque se dá o mesmo. Entre os que perdem, por exemplo, estão os importadores brasileiros, atingidos pela valorização repentina do Dólar. Em contrapartida, quem contratou empréstimos na moeda norte-americana e instituiu algum tipo de “seguro”, acaba ganhando, pois receberá mais, em Real.

 

O exemplo mais próximo talvez seja o Rio Grande do Sul e o financiamento contratado com o Banco Mundial. Confira o que disse a própria governadora Yeda Crusius, em material distribuído pela assessoria de imprensa do Palácio Piratini. A seguir:

 

“Operação com Bird e alta na cotação do dólar trazem ganhos de R$ 170 milhões ao Estado

 

Ao manifestar-se, nesta sexta-feira (3), sobre a crise financeira mundial, que vem elevando a cotação do dólar, a governadora Yeda Crusius garantiu que não haverá perdas ao Rio Grande do Sul em razão da operação de crédito de US$ 1,1 bilhão do Banco Mundial (Bird) ao governo do Estado – assinada em 1º de setembro. Segundo Yeda Crusius, ocorre justamente o contrário: “Fortuitamente, o Estado já obteve um enorme ganho, de R$ 170 milhões, como resultado da diferença do câmbio no período compreendido entre a ultimação do contrato, com o dólar a R$ 1,60, e a assinatura e recebimento da primeira parcela, com a cotação a R$ 1,82”.

Outro ganho para o Estado por conta desse cenário, conforme destacou a governadora, está na redução da dívida com a União. Com o recurso, o governo adiantou uma parcela que só seria paga em 2010. “Ou seja, a nossa dívida já diminuiu”, disse Yeda. O financiamento do Bird destina-se à reestruturação da dívida pública do Estado. Com o crédido do Banco Mundial, o governo quita e abate contratos com a União pagando juros menores, o que vai possibilitar uma vantagem financeira de cerca de R$ 600 milhões pelos próximos 30 anos.

O contrato firmado pelo Rio Grande do Sul com o Bird é reconhecido pelo governo federal como modelo para todos os estados brasileiros, por conter uma cláusula de seguro contra a instabilidade econômica mundial. “Se o mundo não for bem, nós trocamos dólar por real e nossa dívida com o banco passa a ser em real, e não baseada em um dólar flutuante, com seu valor comprometido pela instabilidade”, observou a governadora. “O Rio Grande do Sul teve cautela e responsabilidade, e não temos o perigo de sermos atingidos por qualquer crise que venha a ser gerada em razão do dólar, porque fizemos um contrato em duas moedas”, completou.

A governadora afirmou também que, apesar de a crise ser grave e exigir medidas austeras por parte dos Estados Unidos, com regras que se baseiem em uma economia de mercado, seus efeitos no Brasil deverão ser menores: “Temos reservas e seguros suficientes para que seja mínima a repercussão no país. Ela haverá, não há dúvida, mas será menor em relação a quando não estávamos preparados. Temos a inflação sob controle e um sistema financeiro regulado, que impõe restrições à circulação do dinheiro”.

Para Yeda Crusius, economista pós-graduada pelas universidades de São Paulo (USP) e do Colorado (EUA), e mestre pela Universidade de Vanderbilt (EUA), trata-se de mais um momento passageiro. “Hoje, vivemos um pânico pela crise, mas em breve ela vai se acalmar e o dólar irá para seu preço, que ninguém ainda sabe qual é, o que será fruto de uma acomodação mundial nas relações comerciais entre países”, salientou a governadora, lembrando que, “no pânico atual”, o dólar subiu de cerca de R$ 1,60 para cerca de R$ 2,00, enquanto que em 1999, quando ela presidiu a Comissão de Finanças da Câmara Federal, chegou a aumentar de R$ 1,00 para R$ 4,00.”

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, também outras reportagens produzidas e distribuídas pela assessoria de imprensa do Palácio Piratini

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