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Observatório. Confira a versão original da coluna publicada neste sábado, 9 de maio

“SAIBA QUEM É O QUARTO CANDIDATO A DEPUTADO COM ASSENTO NA PREFEITURA”

 

 

APOSTE – Mais um candidato a deputado está nascendo dentro do governo municipal. Laurindo Lorenzi, recém-nomeado secretário de Proteção Ambiental, já comunicou à direção do DEM a intenção de buscar vaga na Assembléia.

 

 

 

“SUBPREFEITOS E A ‘BOMBA’ PRESTES A EXPLODIR NO INTERIOR DE SANTA MARIA”

 

 

Estão fechando 40 dias da data em que o prefeito Cezar Schirmer anunciou sua decisão acerca do futuro das subprefeituras distritais. Informou, em 31 de março, que aconteceria uma consulta para saber a opinião das comunidades. O resultado desse, digamos, plebiscito e a criação de um Conselho de Desenvolvimento Distrital (com fortes atribuições) seriam enviados à Câmara de Vereadores, na forma de projeto de lei. Até aqui não há sinal visível de que a dita consulta se dará em tempo breve ou nem tanto. Muito menos projeto de lei. E, assim, seguem dirigindo as comunidades funcionários do quadro geral da prefeitura que, no dizer de um cidadão do interior ao colunista, “pelo menos estão entregando as cartas”.

 

Para além das tarefas rotineiras, e no dia-a-dia das comunidades interioranas, se instala uma disputa política interessante – como relatou à coluna uma fonte privilegiada e que conhece bem a zona não urbana da cidade.

 

Um elucidativo exemplo: Boca do Monte. No Distrito da Estação Experimental e da histórica estação ferroviária, pelo menos três nomes aspiram à indicação para ocupar a subprefeitura. Com ou sem disputa direta. E cada qual com padrinho diferente no governo. Seriam três pessoas (os nomes são conhecidos do colunista que, porém, prefere preservá-los) com apoio, respectivamente, de Jorge Pozzobom, Tubias Calil e Sérgio Cechin. Uma trinca de respeito no xadrez do poder municipal.

 

Há também outros problemas políticos pontuais identificados. Um em São Valentin, em que o nome que teria a chancela, entre outros, de Sandra Rebelato e da ex-vereadora Magali Adriano, não pára de “bater” na administração, descontente com o tratamento (não) dado àquela comuna. Outro é em Pains, área de influência do vereador Marion Mortari (PP) que, no entanto, no dizer de um parlamentar próximo àquela região, estaria fazendo força “por gente de Passo das Tropas”.

 

Alguém diria: “ora, Claudemir, isso é só um monte de fofoca”. É. Pode ser. Só que seria apenas simplificação e, em conseqüência, um erro. Decorrente do primeiro, já apontado por Observatório: o fato de o prefeito, que sempre foi contra a eleição para subprefeito, não ter assumido isso, no momento adequado, preferindo jogar para as calendas. Só o que obteve, até aqui, foi transformar um problema real, mas de efeito limitado, em bomba relógio de conseqüências imprevisíveis.

 

Quem for, com isenção de ânimos, a qualquer das localidades citadas, perceberá. Só não pergunte aos vereadores ligados aos distritos ou proximidades. Estes têm seus próprios “interesses”, como diria aquele doutor-político já falecido.

 

 

 

“A SEMPRE REAFIRMADA IMPORTÂNCIA DO PARLAMENTO E DO MINISTÉRIO PÚBLICO”

 

 

A seção “Não custa lembrar”

 

 

Em 10 de maio de 2003:

 

“* Alguns promotores (e não é o caso dos sediados em Santa Maria) não são “santos”. Assim como estão muito longe da beatitude vários vereadores, daqui ou de qualquer lugar.

* Nem por isso se deve desmerecer o Ministério Público ou o Parlamento. São duas instituições que merecem todo o respeito da sociedade, pelo papel que desempenham em defesa dela.

* E, no que toca ao Ministério Público, trata-se, acreditem, às vezes, do último, senão o único, refúgio dos injustiçados.”

 

 

Hoje:

 

As notas publicadas há exatos seis anos (menos um dia) na extinta seção “Visor” tratavam de um tema específico da época, uma ronha envolvendo o Ministério Público (cobrando) e parlamentares (se defendendo). Mas isso hoje chega a ser irrelevante. O que interessa é realçar, sempre, a importância dos dois. Tanto o parlamento, por pior que sejam seus integrantes (nos quais NÓS votamos), quanto o Ministério Público são absolutamente imprescindíveis para quem acredita na democracia.

 

 

 

“NOVO GABINETE DE GESTÃO INTEGRADA E A TENTATIVA DE ELIMINAR A HISTÓRIA”

 

 

Há 10 dias, A Razão publicou alentada (e correta) reportagem sobre a criação do Gabinete de Gestão Integrada (GGI). Dava conta, com todas as letras, e com informações oficiais, dos detalhes do “novo” organismo, necessário para quem pleiteia verbas oriundas do Plano Nacional de Segurança Pública e Cidadania (Pronasci).

 

O que as fontes da administração não disseram (por desinformação, não “por querer”) é que o GGI pode ser até modificado (aliás, deve, na medida em que a Secretaria de Segurança foi extinta, para ficar apenas num exemplo), mas não se pode dizer que será “criado”. Por uma singela razão, como mostrou e provou o sítio www.claudemirpereira.com.br  no início desta semana: o organismo já existe. Foi criado (talvez não implantado – o que deverá ser feito agora) através do decreto executivo n° 019/2008, de 5 de março de 2009, editado pelo então prefeito Valdeci Oliveira.

 

Resumo da ópera: reescrever o passado é tentativa que pode ser louvável. Modificar, no presente e no futuro, o que já aconteceu antes é possível e, em alguns casos, necessário. Mas eliminar a História é tarefa impossível.

 

 

 

“OS VOTOS DE CEZAR BUSATTO. E O PODER DE SCHIRMER EM RELAÇÃO AOS SÚPERS”

 

 

A seção “Luneta”

 

 

O plano de recuperação de mais de uma centena vias urbanas da cidade é, looonge, a principal medida do governo de Cezar Schirmer, quatro meses após iniciado. Principalmente se for mesmo levado a cabo.

 

Não é nada, não é nada não, mas plano semelhante, apenas que voltado às estradas do interior, que tinham um cronograma, está sendo cumprido. Mas com atraso.

 

Em inconfidência (ou confidência, quem sabe) com jornalista de Porto Alegre, o prefeito teria dado a entender que Cezar Busatto será secretário por apenas três meses. Deve ter havido, provavelmente, um mal-entendido.

 

Aliás, há quem diga que Cezar Busatto será candidato a deputado estadual – pelo PPS, para alívio de uns e outros. A coluna pensa que é só fofoca. Ou intriga da grossa.

 

Em todo caso, o eleitorado local nunca decepcionou o futuro secretário. Pesquisa rápida (feita pelo colega Gilson Piber) no sítio do TRE na internet, comprova.

 

Em 1994, pelo PMDB, Busatto obteve 73 votos na boca do monte e se elegeu para um primeiro mandato na Assembléia, com 21.428 em todo o território gaúcho.

 

Ainda pelo PMDB, quatro anos depois, se reelegeu com mais de o dobro de votos no Estado: 59.051. E mais que quintuplicou o apoio em Santa Maria: 422.

 

Mesmo mudando de partido (ou por causa disso), se elegeu outra vez em 2002, agora pelo PPS. No Estado foram 57.235 sufrágios. Em Santa Marai, um pequeno aumento: agora foram 525.

 

Cresce bastante a possibilidade de Guilherme Cassel, o santa-mariense ministro do Desenvolvimento Agrário, concorrer a deputado federal.

 

Essa taendência se acentuou especialmente após Miguel Rossetto, do mesmo grupo político interno de Cassel, ter dito que não concorre – preferindo manter-se na presidência da Petrobrás Biocombustível, cargo que assumiu esta semana.

 

Para resolver, em favor da comunidade, a pendenga em torno da possibilidade de abrir os supermercados aos domingos, talvez seja o caso de o prefeito Cezar Schirmer entrar no jogo. Taaaalvez.

 

Você também pode encontrar este colunista diariamente às 7h30, e ao meio dia, na rádio Antena 1; e a qualquer momento no site www.claudemirpera.com.br.

 

 

 

“AFINAL, DE QUANTO SERÁ MESMO O AUMENTO PARA OS SERVIDORES MUNICIPAIS?”

 

 

Docentes municipais têm

muitas assembléias em

vista, ao que tudo indica

 

Em 2005, o então prefeito Valdeci Oliveira, na metade de abril, estava na Alemanha, onde liderava uma comitiva que iria a Hannover e Gelsenkirschen. Deixou para o vice, hoje edil, Werner Rempel, a ingrata tarefa: comunicar aos servidores, incluídos quadro geral e docentes, que a proposta de revisão salarial era de 1%. Dá para imaginar (ou relembrar) o bafafá que se deu. A explicação: a municipalidade não tinha recursos e corria o risco de não cumprir a Lei da Responsabilidade Fiscal.

 

Passados quatro anos e mais um pouco, até o momento em que a coluna é redigida, não há informação acerca do índice de aumento a ser oferecido pelo Executivo aos seus (nossos, na verdade) funcionários. A impressão é que não há mesmo troco para bancar reajuste minimamente além da inflação. Ou até, quem sabe, menos que isso. E, tanto como naquela época, a previsão é sombria. Quanto o prefeito Cezar Schirmer e sua equipe vão propor ao funcionalismo trata-se de segredo ainda indesvendável.

 

Não oferecer reajuste porque recursos não há, aceita-se. Afinal, o que se deseja do gestor público é responsabilidade. E isso o prefeito e o time por ele escolhido têm de sobra. A sociedade entende. O que é mais difícil acolher é que se demore tanto para dar uma notícia ruim.

 

A menos, claro, que a prefeitura esteja tentando (o que justificaria tudo) algo hoje imprevisível. Como, por exemplo, uma proposta acima do que as aparências estão indicando. Aí, sim, Cezar Schirmer ganha de vez o funcionalismo. O que é bom para ele. E para a cidade.

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