Presidência. Eventual ausência de José Alencar, outro motivo para disputa ferrenha na Câmara
São quatro os candidatos colocados para presidir a Câmara dos Deputados. O favorito, é o que se diz e escreve, é o peemedebista Michel Temer, de São Paulo. Mas disputa com alguma chance, também, Ciro Nogueira, do Partido Progressista do Piauí. Há quem imagina haver uma pequena possibilidade, igualmente, para Aldo Rebelo, do PC do B de São Paulo. Por fim, correndo beeeem por fora, se coloca na disputa o sul-mato-grossense Osmar Serraglio, do PMDB.
Por que tantos disputam o cargo? Se você ler todos os textos disponíveis na mídia, grandona ou não, terá uma boa medida dos interesses em jogo. A começar pelas benesses políticas e administrativas do cargo, inclusive no que toca ao orçamento – como você leu em nota imediatamente anterior, abaixo.
Mas há uma outra situação, esta decorrente da Constituição, sobre a qual quase não se percebe qualquer comentário. Mas é real. O Presidente da Câmara dos Deputados é o segundo na linha de sucessão, da Presidência da República. Isto é, vem logo abaixo do vice-presidente. E aí é que está. Mesmo que venha a se recuperar, dificilmente José Alencar ( na foto de Fabio Rodrigues Pozzebom, da Agência Brasil) terá a mesma disposição demonstrada até aqui, em mandato e meio segundando Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
Resumindo, uma eventual ausência de Alencar levará o presidente da Câmara dos Deputados a se transformar no substituto imediato de Lula nos próximos dois anos. Questões humanas a parte (e elas explicam o silêncio midiático), é algo também considerado nessa disputa.
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