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CIDADE. “Faltei com respeito e pedi perdão”, afirma empresário Gustavo Jobim após palavras polêmicas

Manifestação de empresário sobre doação de sangue considerada homofóbica

Empresário Gustavo Jobim divulgou dois vídeos se desculpando pela declaração e admitindo que cometeu um erro (Foto Reprodução) 

Por Maiquel Rosauro

Repercutiu além das fronteiras de Santa Maria uma polêmica declaração do empresário Gustavo Jobim, proprietário da Construtora Jobim, sobre doação de sangue. Em um live em que explicava uma ação que será desenvolvida pela empresa, ele fez uma fala com informações distorcidas e preconceituosas.

“Tatuado, aidético, puto, essas coisas, não podem doar sangue”, disse para seus colaboradores.

A frase gerou uma repercussão imediata. O deputado estadual Rafael Radde (PT) informou que fez o registro de um boletim de ocorrência contra Jobim.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Subseção de Santa Maria divulgou uma nota de repúdio, salientando que a fala do empresário gera profunda irresignação e perplexidade.

“Não há espaço para discriminação em um Estado Democrático de Direito que fomenta, constitucionalmente, a igualdade e a diversidade entre sujeitos de direito. Falas propositais, pejorativas e recheadas de preconceito, jamais devem ser encobertas sob o manto da ignorância da lei e dos preceitos da convivência pacífica e de isonomia entre todos”, diz trecho da nota.

Jobim fez dois vídeos se retratando. No primeiro disse que o comentário foi indevido.

No segundo vídeo ele disse, mais uma vez, que errou e pediu para que as pessoas não sejam oportunistas.

“Faltei com respeito e pedi perdão”, disse Jobim.

Fala equivocada

O Ministério da Saúde informa que possuir uma tatuagem é um impeditivo temporário, de 12 meses, para doação de sangue. Já pessoas com AIDS (vírus HIV) estão impedidas em definitivo de fazer a doação.

Em maio de 2020, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por maioria de votos, derrubar restrições à doação de sangue por homens gays. A votação considerou discriminatórias as regras da Anvisa e do Ministério da Saúde, que vetavam o ato.

Em vídeo, o médico Dráuzio Varella explica que a regra da proibição de doação de sangue por homens gays ainda é um tabu enraizado, por ter surgido nas décadas de 1980 e 1990, devido ao surto de AIDS e HIV.

“Quando ainda nem havia o teste para o HIV, o simples fato de ser homossexual colocava a pessoa em suspeita para doar sangue. Por isso, se criou nos bancos de sangue essa restrição, que hoje não tem mais nenhum sentido em existir”, disse o médico.

Clique AQUI e saiba mais sobre doação de sangue no Brasil.

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Um Comentário

  1. Hummmm……Primeiro, atire a primeira pedra quem nunca. Alas, é uma epoca que exige ser ‘do bem’ em publico e falar o que se pensa no privado. Sem celulares por perto, obvio. Alas, falta sangue nos bancos por ai. Alas, janela imunologica, periodo em que o exame da falso negativo (grosso modo) do HIV é algo como um mes. E da Hepatite C dois meses. Na duvida perguntar para um medico ou galera da biomedicina. Não catar video do ‘especialista em tudo’ de plantão Drauzio Vareia.

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