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Criança consumidora e a vulnerabilidade psíquica – por Vitor Hugo do Amaral Ferreira (*)

O tema advém de diversos estudos e vincula as áreas da psicologia e do direito. A proposta ocupa-se ao pensar nas práticas e efeitos publicitários sob a constituição psíquica infantil, com objetivo de explorar a regulamentação publicitária. Ainda que seja um breve ensaio, a temática volta-se ao público infantil-consumidor, cada vez mais, precocemente, imerso aos efeitos midiáticos e publicitários, que promovem por vezes a banalização de imagens, valores e instituem um espetáculo de satisfação por meio da aquisição.

É neste sentido, que se busca uma construção mútua, de permitir embasar tecnicamente, por meio do olhar do psicólogo os impactos da mídia sobre a criança que está em processo de constituição psíquica, promovendo um olhar direcionado aos valores, a referência familiar e os reflexos nas suas relações sociais. Cabe relembrar que a criança está em condição peculiar de desenvolvimento, sendo sujeito de tutela jurídica diante do Estatuto da Criança e do Adolescente.

A intenção de chegar às reais possibilidades de intervenção justifica-se, tendo em vista a vulnerabilidade potencializada do público infantil junto ao discurso publicitário que fomenta o consumo. Neste prisma, observa-se uma diversidade de reflexos na cultura juvenil – a cultura do consumo(ismo) e os índices de violência que emergem nas relações do público adolescente.

Deste cenário, os elementos que corroboram à temática consumerista permitem uma diversidade de interações. Ressalta-se que a sociedade é dinâmica, ao passo que avança depara-se com um momento narcísico, na constante busca de satisfação, ocasionando um reflexo de individualidades.

É sob este princípio que se encontra um possível ponto de convergência, no qual um fenômeno causa determinada influência sobre outro, seja no viés social, pela significação/símbolos das marcas, seja pelo consumismo e o fator de vitimização/exclusão daqueles que não participam deste processo.

Assim, este breve ensaio estimula discussões sobre as (re)significações da infância e da adolescência, a partir da cultura de intensidades que nos questiona: qual o caminho que percorrerão estes jovens na sua vida adulta diante desta sociedade de consumo?

(*) Por Vitor Hugo do Amaral Ferreira, Diego Bastos Braga e Mariana Pfitscher

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