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Eleições 2010. Você sabia que o tal de “mercado” não gosta de Dilma nem de Serra? Azar o dele

É incrível o poder dos doutos do tal “mercado”. Por qualquer coisinha, eles se manifestam. E determinam quedas ou altas em bolsas de valores ou aumentam ou reduzem o valor de moedas. Quaisquer moedas. Seja ela o dólar, o euro, o real ou o peso argentino. É impressionante. E a mídia grandona (e a que se acha) sempre os ouvem. E dá manchete.

 

Só que, curiosamente, cai no esquecimento que foram os tais “doutos” que incentivaram, com sua palpitagem, a crise ianque – nunca é demais lembrar onde tudo começou, com a tal bolha imobiliária. Pois, agora, creia, eles já começam a se meter também no processo eleitoral brasileiro. E resolveram cismar com as duas personagens da foto que ilustra esta nota. Ok que, por razões ideológicas, não gostem de Dilma Rousseff. Mas o diabo (estamos fritos, brasileiros, se dependêssemos totalmente deles) é que também não gostam de José Serra, por seu (meritório, penso) passado.

 

Que coisa, hein?! Talvez seja o caso de dar (é improvável, mas sonhar não custa) uma banana para todos os palpiteiros do “mercado”. Sobre isso, mas especialmente sobre as preocupações econômicas em relação a 2010 e à sucessão presidencial, é muito interessante o artigo do repórter especial Valdo Cruz, da Folha de São Paulo, publicado na versão online do jornalão paulista. A foto é de Fábio Rodrigues Pozzebom, da Agência Brasil. Confira:

 

 “A meta e a eleição

Eleição presidencial costuma interferir no termômetro da economia. De olho nessa relação, a equipe do governo Lula deve fixar a meta de inflação para 2011, primeiro ano do sucessor do presidente petista, em 4,5%. Percentual idêntico ao desse e do próximo ano. A decisão será tomada nesta semana, durante reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional).

Segundo assessores presidenciais, instabilidades no processo eleitoral de 2010 podem provocar elevação nas expectativas de alta dos preços. Resultado: o Banco Central tenderia a agir preventivamente, como sempre faz, e subir a taxa de juros para manter a inflação do ano seguinte sob controle.

Em outras palavras, a equipe de Lula trabalha para diminuir o risco de, no ano da eleição presidencial, o Banco Central ser obrigado a promover uma alta nos juros. Daí a tendência de manter a meta de inflação em 4,5%, o que daria ao BC uma margem de manobra maior para conduzir sua política monetária. Se reduzisse esse percentual para 4%, como chegou a ser classificado como possível, essa margem ficaria menor.

Um assessor do presidente Lula lembra que, durante uma campanha eleitoral, é natural ocorrer turbulência no mercado financeiro, como aconteceu na eleição de 2002 –na época, com a possibilidade de vitória do petista, visto como um risco para o mercado, a inflação subiu e o BC elevou a taxa de juros. Lula ganhou, conquistou a simpatia do mercado e mostrou que não representava nenhum risco para a economia.

Reservadamente, outro assessor de Lula diz que a possibilidade de cenário semelhante em 2010 é real. Não tão acentuado como em 2002, mas podendo interferir nas expectativas de inflação. Isso porque, destaca, os dois principais candidatos a presidente o tucano José Serra e a petista Dilma Rousseff têm estilo intervencionista e não despertam grandes paixões no mercado. Se isso é virtude ou não, é uma outra história…”

 

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, também outros textos do jornalista Valdo Cruz, da Folha de São Paulo.

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