AGENDA ESTRATÉGICA (2): Busatto repete (ou adapta) em Santa Maria idéias já existentes
Sempre é bom repetir: não se quer dizer aqui que a coisa é ruim. Apenas que há coincidências não colocadas e que, talvez, ajudassem inclusive no recebimento mais tranqüilo de tudo o que se está propondo. Enfim, a adesão seria quem sabe maior – se tudo fosse mais transparente, na (nem sempre) humilde opinião deste repórter.
Segue, como prometi na nota imediatamente anterior, abaixo, o trabalho de pesquisa (com os seus aceitáveis pitacos) feito pelo colaborador deste sítio, Márcio da Silva Dutra. Acompanhe:
O programa “Agenda Estratégica de Santa Maria – Visão de Futuro Compartilhada” – é uma extensão do programa “Agenda 2020 – O Rio Grande que Queremos”, desenvolvido e coordenado pela Agência de Desenvolvimento Pólo RS.
A Pólo RS é uma organização não-governamental privada, sem fins lucrativos que iniciou suas operações no final de 1995, concentrando suas atividades na atração de investimentos para o Rio Grande do Sul. Em seu site http://www.polors.com.br/ citam a vinda da Dell Computers para o RS como sendo o seu principal case de sucesso. O Conselho de administração da Pólo RS hoje é composto por um seleto grupo de empresários e representantes de entidades empresariais como Bolívar Baldisserotto Moura, Presidente do Conselho – Vice-Presidente da FIERGS, Jorge Gerdau Johampeter – Diretor Presidente da GERDAU, Carlos Sperotto – Presidente da FARSUL entre outros. O Conselho Fiscal é composto por Luiz Carlos Bohn, Ary Costa de Souza e Moacir Kwitko que tem como competência examinar balanços e prestações de contas da Agência embora, depois de muita pesquisa, não tenha encontrado no site nenhuma informação sobre balanços, prestações de contas ou formas de financiamento da Pólo RS.
Como já afirmei a Pólo RS desenvolveu, coordena e executa o programa Agenda 2020. Mas o que é a Agenda 2020? Conforme o site do programa http://www.agenda2020.org.br/, a “Agenda 2020 é um movimento da sociedade gaúcha que objetiva, por meio de propostas e de projetos, transformar o Rio Grande do Sul no melhor estado para se viver e trabalhar até o ano de 2020.”. Alguém dirá: “Ousada esta Agenda 2020, não é mesmo?”. Que nada. A visão de futuro do programa, ou seja, aonde o programa quer chegar, está representado por imaginárias manchetes que os jornais estamparão em 2020. Tudo retirado de um “exercício coletivo” realizado por 850 pessoas nos dias 8 e 9 de março de 2006, data do “pontapé inicial” da Agenda 2020. Vou, então, para algumas manchetes:
– ONU reconhece a qualidade do ensino gaúcho;
– RS é referência mundial em qualidade de vida;
– RS: 14 anos sem greves e invasões;
– Renda per capita gaúcha supera a da Coréia do Sul;
– RS é um estado seguro; entre outras de mesma grandeza.
Por aí, podemos ver que, trabalho para a Pólo RS não faltará!!!!
Cabe destacar que o Secretário Cezar Busatto, já há algum tempo, é um admirador da Agenda 2020 a ponto de, em seu pronunciamento de posse na Chefia da Casa Civil do Estado, em 18/2/2008, mencionar o programa. Disse Busatto: “Tenho uma determinação da governadora de buscar o entendimento com todos, inclusive com a oposição. Ninguém deve ficar fora”, para após, citar a Agenda 2020 como exemplo de entendimento. Completou, “Não queremos resolver o problema da governadora, nós queremos é resolver o problema do Rio Grande”.
Quanto a resultados, mesmo tendo iniciado em 2006, ainda são pouco expressivos. No site da Agenda 2020, apresentado acima, no item “Histórico” a linha do tempo apresenta ações desenvolvidas somente até o mês de dezembro de 2007. Talvez porque 2020 ainda está muito distante.
(CONTINUA)
E tem outra,…esse papo de “Agenda Estratégica” eu já escuto desde os meus tempos de Faculdade de Economia nos anos 90 (não concluí o Curso, rsrs),…deixo a parte econômica para os que realmente ENTENDEM do assunto, como o internauta Márcio Dutra,…que alías tem muito CONTRIBUÍDO aqui com o site,…eu mesmo tenho aprendido muito através dos artigos que o Márcio indica.
Marionaldo, Concordo plenamente contigo; somente acrescentando que entre a população interessada, por que não chamar as pessoas mais humildes de nossa sociedade? E entre as pessoas humildes que me refiro, inclua-se aí (e por que não?) papeleiros, carroceiros, pessoas que trabalham diretamente com o “lixo” (quando digo “lixo”, não estou usando nenhuma forma de ironia na palavra, apenas salientando que o lixo pode sim se transformar em produtos – via reciclagem e reaproveitamento dos materiais inservíveis),…é IMPRESSIONANTE o que estas pessoas têm a nos ENSINAR, através de sua EXPERIÊNCIA de VIDA,…basta apenas os “engravatados” e burguesinhos (principalmente aqueles que vivem atrás de um gabinete com ar-condicionado e com toda a mordomia) deixarem!
Sinceramente seria ótimo se isso tudo se realizasse, mas em um estado onde a política é tratada com tanta rivalidade e muitas vezes sai fora do racional acho muito difícil, a começar pelo próprio Busatto, esse homem quando voce tem opiniões diferentes da dele fica transtornado e perde a compostura, olha isso não é implicancia, quem se lembra como ele tratava o governo Olivio, Como alguém como ele vai ter confiança de adversários para propor pactos por o que quer que seja?E assim é com muitos inclusive do meu partido, para o rio Grande sair do atoleiro onde se encontra é preciso primeiro todo mundo admitir que tem uma parcela de culpa, depois a midia parar de proteger seus pupilos e por último governarem e deixarem as eleições para o período correto.
Olha o que está acontecendo em santa maria já tá a maior briga no governo por que tem eleições aí na frente e é um puxando o tapete do outro, falam até que o próprio busatto é candidato a deputado federal com o apoio do prefeito Schirmer que havia se comprometido em apoiar o Pozzobom,não conseguem cumprir pacto nem nas suas alianças , como vão querer que alguém acredite que construirão agenda 2020 para a cidade?
Lembram que o Senhor Cezar Busatto chorou? é será que vai haver choro por aqui também?
Olha, que o poder municipal está tentando criar as condições para que tenhamos uam cidade boa de se viver, eu não duvido, quem sou eu. Mas o que mais questiono é: como fazer desenvolvimento sem a participação da população interessada? sem as pessoas que fazem a cidade, que moram aqui, que tem interesses aqui?? como? Nós temos Institutos e pessoas capazes de pensar, a “importação” de modelos e pessoas são bem vinda, mas primeiro vamos valorizar nossa gente. Assim,penso humildemente, se constroí uma identidade para a cidade.
“RS: 14 anos sem greves e invasões”
hehehe essa já era