LARGOU. Heloísa Helena fora da disputa presidencial. Vai de Marina. Ou de Plínio
Pode ser até Plínio de Arruda Sampaio, que estará nesta quarta-feira em Santa Maria (leia mais AQUI). Ou mesmo Milton Temer, do Rio de Janeiro. O que parece certo é que Heloísa Helena está fora da disputa presidencial do próximo ano. Por decisão, aliás, dela própria – que fez 6% dos votos em 2006. Agora, como muitos imaginavam (este nem sempre sítio incluído) a idéia é compor com Marina Silva, como a alagoana, hoje vereadora de Maceió, oriunda do Partido dos Trabalhadores.
O que vai acontecer não se sabe. Mas virá aí, muito provavelmente, uma união PSOL/PV – de Fernando Gabeira, Zequinha Sarney (sim, ele, filho daquele) – todos num consórcio de esquerda visando, no mínimo, chamar a atenção do País. Sobre a idéia de Heloísa e as possibilidades dessa união, acompanhe material publicado pelo jornalista Josias de Souza, da Folha de São Paulo. A foto (de arquivo) é de José Cruz, da Agência Brasil. A seguir:
“HH pede ao PSOL que abra negociações com Marina
A presidente nacional do PSOL, Heloísa Helena, sugeriu ao partido a abertura de negociação formal com a presidenciável Marina Silva, do PV. A proposta foi feita à comissão Executiva do PSOL, que ainda não deliberou.
HH praticamente descartou a hipótese de disputar o Planalto em 2010. Disse aos demais dirigentes do partido que, inviabilizando-se o acerto com Marina, prefere que o PSOL seja representado na sucessão por outra pessoa. Citou o nome de sua preferência: o ex-deputado Milton Temer, do Rio. A outra opção da legenda é Plínio de Arruda Sampaio, ex-deputado por São Paulo.
Ouvida pelo blog, HH disse que tende a comparecer às urnas como candidata ao Senado: “Quero que Alagoas tenha uma alternativa…”“…Se o meu Estado quiser ser representado por pessoas como Collor e Renan, é um direito que ele tem. Mas quero oferecer uma alternativa…”
PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.
SUGESTÃO ADICIONAL – confira aqui, se desejar, também outras notas e artigos publicados e/ou comentados por Josias de Souza, da Folha de São Paulo.
O Holofote político é o ópio da direita e também da extrema-esquerda.
Em 2006 uma alagoana incendiou o debate eleitoral à Presidência da República e motivou multidões, incomodou a estrutura estabelecida, falou verdades que muitas pessoas gostariam de ter dito e fez parecer a tantas outras que estaria consolidando-se uma nova liderança de esquerda no país. Mas,ao passar dos tempos vamos percebendo que toda aquela euforia tem um pouco de outras que já vivenciamos no passado. A verdade é que muitos políticos não conseguem viver sem palco para brilhar e no caso de Heloísa Helena permanecer como vereadora e promover um debate nacional defendendo as idéias do seu Psol, já não comporta seu ego político, é preciso ter um palco maior. Ela disse: “Eu ser candidata à Presidência da República hoje seria puro mecanismo eleitoreiro. Nada haveria de compromisso programático e ideológico”. Tá, mas em 2006 era oquê então? Quanto de avanço teve o Brasil para Heloísa Helena definir que sua missão como candidato à Presidência se esgotou? Com certeza, e está é a minha opinião, ela está embalada pelo fato de não ter gostado da experiência de retornar a planície da sala de aula, somado ao fato de estar bem-posta nas pesquisas eleitorais feitas em Alagoas onde aparece como favorita na disputa de uma cadeira ao Senado (lembrando que em 2010 serão dispostas duas vagas).Ela disse também: “há no PSOL gente que faz uma crítica honesta e consequente e gente que se baseia na mera matemática eleitoralista…”, e eu que sempre achei que a Heloísa Helena fosse uma militante da causa socialista. Como podemos ver, as benesses do Senado Federal estão fazendo falta a alagoana e nós teremos que ouvi-lá apartir de 2011 discursando utopias que não serão concretizadas, mas em compensação sua estrutura política e pessoal irá mudar muito, leia-se crescer muito.