
Os midiatas do apocalipse estão buscando um outro discurso. Que ninguém se preocupe. Se você gosta deles, não te preocupa: logo, logo acharão alguma coisa para falar e escrever. Mas que estão com problemas, não há dúvida. Afinal, todos os dados estatísticos mais ou menos recentes apontam, primeiro, que a crise ianque (como Lula dizia) não passou mesmo de uma marolinha; e, segundo, as projeções futuras de quem conta, que são os que produzem, são as melhores possíveis. Geeente! E não é que me pego com pena desses ratos do apocalipse? Tadinhos!
Imagina, então, agora com o que dizem os grandes industriais brasileiros – exatamente os que, se houve algum mais prejudicado, mais sentiram os efeitos da marolinha. E não é que os ditos cujos programam superinvestimentos no futuro próximo? Duvida? Então leia parte da reportagem publicada nesta segunda-feira no insuspeito O Estado de São Paulo, com texto de Alexandre Rodrigues e Mariângela Aragão. A seguir:
“Indústria retoma projetos de expansão…
…A indústria começa a retomar projetos de investimento suspensos durante a crise. O mês de outubro deve registrar liberações entre R$ 2,5 bilhões e R$ 2,6 bilhões na linha específica para aquisição de máquinas e equipamentos (Finame) disponível no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). É quase 40% mais que o emprestado em setembro (R$ 1,85 bilhão) e o dobro dos financiamentos de julho (R$ 1,28 bilhão), consolidando a tendência de retomada de investimentos na indústria.
“Estamos trabalhando com essa projeção para outubro. Acreditamos que é resultado de dois fatores: juros mais baixos do Plano de Sustentação do Investimento (PSI) e o aumento da confiança dos empresário”, afirmou ao Estado o diretor de Administração e Operações Indiretas do banco, Maurício Borges Lemos.
Na semana passada, o balanço trimestral de desempenho do banco já havia registrado R$ 2,4 bilhões em pedidos de liberação da Finame no acumulado de 22 dias úteis anteriores a 15 de outubro, depois de oscilar em torno de R$ 1,5 bilhão entre março e agosto. A média diária de desembolsos atingiu R$ 109,5 milhões este mês, superando em 80% os R$ 60,5 milhões de julho, nível mais baixo desde o início da crise global.
A indústria de base – que inclui principalmente siderurgia, papel e celulose, química e petroquímica e cimento -, primeira a sofrer o baque da crise, começa a tomar a liderança de investimentos..”
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