OBSERVATÓRIO. A crise política na Câmara e o que há no meio do caminho. Sim, 2014 é ano de eleição
Não obstante as manifestações expressas dos partidos principais da base, com o PMDB (inclusive porque é o maior) à frente, Cezar Schirmer tem reiterado que “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”.
Desenhando: os enroscos da Câmara e a conflituada, para dizer o mínimo, relação dos seus (incluídos PP e DEM, especialmente) com o PDT se esgotam no parlamento. Na Prefeitura, a situação é diferente. Ali, a ideia é manter o que disse na campanha: governaria com todos os partidos, segundo seu tamanho e participação no processo eleitoral.
No campo das boas intenções, está tudo ok. E no dia-a-dia? Quem garante que não haverá boicote de uns e outros a outros e uns e, assim, respingando na própria administração? Ninguém. Mas ninguém mesmo.
Então, o que está presidindo a decisão do prefeito e que, registre-se, no campo puro das idealizações, está correto? Simples: visão estratégica diferente da de seu próprio partido. Schirmer está imaginando uma aliança futura, capaz de garantir um mínimo de continuidade ao seu projeto político.
Tende a esbarrar na realidade. Mas é o que é. E no meio de tudo tem também 2014. O que estará pensando o prefeito a respeito do próximo ano, com eleição para deputados estaduais e federais? Há quem especule a possibilidade (sim, isso também existe) de “dobradinha” branca entre Schirmer e o PDT, beneficiando seus próprios planos eleitorais. Não, essa ainda não dá pra desenhar.
De todo modo, aí, exatamente aí, também pode se encontrar a resposta ao posicionamento schirmista de hoje, que talvez não seja o mesmo de amanhã. Talvez.
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