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A DITA “IMPARCIALIDADE”. Mídia se contorce, mas acha jeito de defender cartéis

Como já escrevi aqui, nem sempre concordo com o que escreve o consultor (e jornalista com passagem pela maioria das grandes redações brasileiras) Carlos Brickmann. Mas faço questão de trazer as avaliações dele porque permitem o contraponto, o debate. E até, por que não, a concordância.

A cervejaria, além de tudo, nem brasileira mais é. Mas...
A cervejaria, além de tudo, nem brasileira mais é. Mas...

É o caso específico da seção “Circo da Notícia” desta semana, publicada no sítio especializado Observatório da Imprensa, em que ele escreve sobre dois temas pra lá de interessantes. Um deles foi a forma (condescendente) como a mídia tratou o presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Beluzzo, que simplesmente defendeu a violência como forma de defender os interesses de seu time. Os garotos (e nem tanto) do esporte, dos nossos jornais, rádios e TVs preferiram estranhar que um sujeito tão “afável” pudesse se “transtornar”.

E o outro tema, esse talvez ainda mais importante, é a forma como midiona tratou claros casos de cartelização e monopólio, como a compra da Sadia pela Perdigão e, o maior de todos os casos, a concentração do mercado através da AMBEV (aliás, que agora mudou de nome).

Acredite, vale a pena ler e, se entender correto e necessário, comentar. Acompanhe um trecho, a seguir:

Mudando as palavras

A Amil comprou sua concorrente Medial Saúde e a imprensa chamou o fato de “consolidação do mercado”. A Perdigão comprou sua concorrente Sadia e a imprensa chamou a atenção para a força da nova multinacional brasileira, líder no mercado internacional de proteínas de aves. A Brahma comprou a Antarctica e a imprensa salientou a formação de uma empresa brasileira de bebidas de nível internacional, que por seu porte faria baixar o preço de cervejas e refrigerantes.

Antigamente, essas coisas se chamavam de “truste” ou “cartel”. Sabia-se que a redução da concorrência faria com que os preços subissem, e não que caíssem. Mas hoje os fornecedores de informação ficaram mais bonzinhos. Não salientaram nem que a grande empresa brasileira de bebidas, antes dividida entre São Paulo (Antarctica) e Rio (Brahma) agora é Inbev e tem sua sede na Bélgica….”

PARA LER A ÍNTEGRA DA SEÇÃO “CIRCO DA NOTÍCIA”, de Carlos Brickmann, CLIQUE AQUI.

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