APAGÃO. Pouco importa se o governo tem ou não culpa. Episódio respingará em Dilma
É verdade que os gaúchos nem sentiram o problema, que, porém, atingiu a maior parte dos Estados brasileiros e, especialmente, os maiores do ponto de vista econômico, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Houve um blecaute dos grandões, ainda que com efeitos aparentemente limitados no tempo, diferente do que ocorreu em 2001.
De quem é a culpa? A oposição entende que seja do governo e, mais que isso, busca colar o apagão em Dilma Rousseff. É politicamente legítimo – afinal, há um processo eleitoral em curso e ela é o alvo prioritário. O governo tenta explicações mais técnicas do que políticas, e encontra dificuldades.
Cá entre nós, só o que podemos é acompanhar à distância. E assistir ao tiroteio. Que sobrará balaço para Dilma, ninguém duvida. E que poderá criar-lhe problemas, menos pelas explicações de agora (das quais ninguém lembrará ano que vem) e mais se outros casos sobrevierem. Talvez por isso, penso, e tendo consciência dos respingos, o governo tenta blindar a ministra-candidata e que já foi a chefona do setor elétrico.
Como isso está acontecendo? Bem, algumas questões talvez possam ser dirimidas na nota publicada ainda na noite de quarta-feira, pelo jornalista Josias de Souza, da Folha de São Paulo. A foto é de Fabio Rodrigues Pozzebom, da Agência Brasil. Confira:
“Lula monta operação para proteger Dilma do apagão
Lula mobilizou os operadores políticos do governo numa operação destinada a proteger a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Tenta-se evitar que o apagão contagie a candidatura presidencial de Dilma. Acionados pelo Planalto, os líderes do governo se mobilizam no Congresso para evitar a convocação de Dilma. PSDB e DEM tentarão aprovar na Comissão de Infraestrutura do Senado requerimento do líder tucano Arthur Virgílio (AM). Pede a presença de dois ministros: Dilma e Edison Lobão (Minas e Energia). A depender de Lula, só será admitida a presença de Lobão.
Dilma tomou chá de sumiço nesta quarta (11), dia em que o governo buscava explicações para o breu. Uma precaução adotada para evitar que a voz da ministra soasse em público antes que o governo dispusesse de explicações palusíveis…”
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SUGESTÃO ADICIONAL – confira aqui, se desejar, também outras notas e artigos de Josias de Souza, da Folha de São Paulo.
Quero ver se a imprensa golpista vai culpar o Serra pelas vigas do RODOANEL que cairam e esmagaram 2 carros e 1 caminhão em SP.
Lembram do verdadeiro apagão, o racionamento do THC, ops, FHC? no rio grande NÃO TEVE NADA NAQUELE ANO PQ A DILMA TINHA SIDO SECRETÁRIA DE MINAS E ENERGIA E EINVESTIDO PESADO EM LINHAS DE TRANSMISSÃO! Agora querem aproveitar os efeitos de um temporal? Grande bando de urubus demotucanos…
Por outro lado o PSDB e o DEM não tem a minima autiridade moral para cobrarem coisa alguma o FHC teve 8 anos também e no tempo dele era pior pois não era uma questão de falha nas rede e sim de falta de produção de energia,mas em uam coisa eu concordo ,quem tem que estar cobrando e muito é o povo e esse está aguardando uma ação forte do presidente que ele tanto admira e confia,acredito pelo que se tem visto em outras situações que lula vai tocar o horror no governo para responder com ações que resolvam o problema e deixe o PSDB só com o velho discurso e o Arthur Virgilio com aquele estranho cacuete de puxar os lábios pro lado.
Eu acho que o Governo está lento nas respostas essa situação traz insegurança para todos os setores, quanto ao uso político do fato não tinha como ser diferente pois o Brasil é o pais das versões, só que ascendeu a luz amarela para quem está no governo e pretende continu.ar governando
Posso até aceitar que o uso político de situações como essa seja considerado como legítimo, mas não concordo. É justamente por isso que problemas importantes deixam de ser discutidos assim que a questão política esteja resolvida.
Não tem sentido a tentativa de envolver a Ministra Chefe da Casa Civil. Se ela não fosse a provável candidata à sucessão presidencial a oposição não estaria preocupada com o seu nome. O Responsável pelo setor energético chama-se Edison Lobão.
Voltando ao que interessa, o problema não pode ser considerado uma coisa sem importância. Não sou da área de energia, mas acredito que cem por cento de segurança seja impossível de se atingir, mas o fato é que a extensão territorial que ficou às escuras foi muito grande e dentro desta área encontra-se a grande parte do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Investimentos devem ser feitos para que, ocorrendo algum problema de ordem climática, o sistema tenha alternativas de minimizar a extensão dos efeitos.
Não diminuindo a importância de outros estados, estando São Paulo e Rio de Janeiro parados, o impacto é gigantesco e os reflexos serão sentidos interna e externamente, como de fato foram neste incidente.
Os olhos do mundo estão cada vez mais sobre o Brasil e é bom que estejamos sempre às claras para que sejamos bem vistos!