CARROÇAS? NÃO! Rogério Koff, os “defensores das causas sociais” e os demagogos de plantão
“…Ora, para conduzir meu automóvel sou obrigado a pagar IPVA, seguro obrigatório e renovar minha habilitação a cada cinco anos. Em minha última renovação, paguei uma taxa salgada e ainda tive que suportar um cursinho de reciclagem absurdamente inútil em quatro infindáveis tardes. Em contrapartida, adultos ou crianças sem qualquer tipo de preparo ou habilitação enfrentam o trânsito insuportável de nossa cidade, açoitando cavalos magros de cima de carroças tortas, sem respeitar as regras mais elementares. E os fiscais fazem de conta que não enxergam nada.
Aí vêm os “defensores das causas sociais” e demagogos de plantão afirmando que as carroças de tração animal são meios legítimos de sobrevivência daqueles que não encontram oportunidades na sociedade e que dependem única e exclusivamente de subempregos. Balela. A este pretenso “direito” sobre o qual não paira nenhuma contrapartida de responsabilidade (em suma, nenhum dever), respondo com a prerrogativa dos direitos dos animais. Há alguns meses, um proprietário de carroça em Santa Maria espancou uma égua até a morte. Casos de brutalidade contra animais se proliferam de maneira incontrolável…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra da crônica “Carroças de Tração Animal? Sou Contra!”, de Rogério Koff, colaborador semanal deste sítio. Koff é professor do Curso de Jornalismo da UFSM e Doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ. O texto foi postado há instantes, na seção “Artigos”!
@Rogerio Koff
Por respeito à cronologia dos fatos, cabe afirmar que o teu comentário, mesmo tendo o horário anterior ao meu, ainda não tinha sido publicado no site. Acredito agora, lendo o seu, que também tenha chutado o mesmo pau, da mesma barraca!
Mas o principal é que a discussão foi feita.
Abraço e parabéns pela nova eleição ao CCSH, o meu centro de formação pelo qual tenho muito carinho e agradecimentos!
@Ildo Luiz Callegari
Reafirmo que concordo com o núcleo da idéia do Rogério Koff, mas não com seus argumentos. Vamos às discordâncias:
1.Não considero que as carroças INFERNIZEM o trânsito nas ruas centrais de Santa Maria. Concordo que o trânsito está complicado, mas atribuir esta responsabilidade às carroças acho demasiado. Vejo outros problemas com maior significância, como por exemplo, o desrespeito à legislação de trânsito por motoristas que não aceitam a necessidade de uma reciclagem periódica, mas isso fica para outra discussão;
2.Quanto a reclamação sobre os pagamentos de IPVA, seguro e renovação de habilitação e também da obrigatoriedade do “cursinho de reciclagem absurdamente inútil” não vejo relação com o tema, a menos que eu acreditasse que deveria existir uma isonomia entre condutores de automóveis e os de carroça, o que de fato não vejo sentido.
3.Classificar como “balela” a constatação de que existe uma situação social envolvida com o tema é desqualificar o debate, e mostra o desconhecimento sobre a importância desta situação na busca de uma solução para o problema em outras cidades, como Porto Alegre, por exemplo.
4.Apresentar um exemplo de violência e crueldade com uma égua, caso ocorrido em Santa Maria e dar a impressão de generalização, também, a meu ver, não contribui com a discussão. Isso é crime e como tal deve ser tratado.
5.Por fim, quando o Rogério Koff afirma “… a primeira medida seria proibir sumariamente o trânsito de veículos de tração animal em qualquer rua de nossa cidade, em qualquer horário.” creio tratar-se de “força de expressão”, pois, se existe uma forma de tratar desta situação, esta forma está distante de algo SUMÁRIO.
Mas tentando te responder, Ildo, creio que devemos caminhar para o impedimento de carroças no perímetro urbano da cidade. E essa discussão deve iniciar já, para o problema não ganhar maior dimensão. Mas para isso acontecer, concordo contigo, é preciso ser feito muito mais do que sumariamente proibir. A solução pode vir em etapas. É preciso conhecer estas pessoas e suas realidades e buscar uma alternativa digna para elas e paralelamente discutir uma legislação.
Agora, uma coisa, tem que ser feita de imediato. Não podemos conviver com crianças circulando em carroças sem nenhuma segurança, mas para isso, acredito, já exista amparo legal, ou não?
PS: Parabéns ao Rogério por propor a discussão. É da troca de idéias, do contraditório que nascem as melhores soluções!!
Li os comentários. Agradeço ao Evaldo a referência carinhosa ao meu pai. Quanto ao comentário do Marcio,posso concordar que talvez eu tenha mesmo chutado o pau da barraca, como se diz aqui no Sul. Mas não abro mão da ideia de fiscalização. Tirar os menores da condução das carroças e garantir o bem estar dos animais são condições inegociáveis. Pelo menos concordamos quanto à necessidade urgente de que se tomem providências. Saudações a todos.
Rogerio Koff
Como voce acha que deveria ser Marcio?Voce acha que não deve ser permitido a tração animal ou que precisa ser fiscalizada?
Gostei muito do artigo.
Li comentário de Evaldo Billo.
Sou mãe do Rogério,gostaria de receber notícias de sua família com a qual convivi quando meus filhos eram pequenos.
Abraço.Beth
É triste mas é verdade, o Rogério o qual eu o conheço desde pequeneninho, filho do meu chefe inequecível Sérgio Koff, escreveu com muita propriedade o que sofrem os animais nas mãos destas pessoas inescrupulosas, eles esquecem que o cavalo ajuda o sustento de suas famílias. Outro dia vi dois meninos, não deveriam ter mais que 13 anos, conduzindo uma carroça, ultrapassando nas sinaleiras sem sequer olhar o sinal, e deram tanto pau neste cavalo magro e doente que deu vontade de descer do meu automóvel e chamar ali os pais ou responsaveis pelos meninos. As autoridades, os vereadores, em época de eleição se dizem preocupados com os animais, depois, bem nem vou falar. Sou a a favor de tirar urgentemente estas carroças do centro e pricipalmente conduzida por menores como vem ocorrendo. Parabéns Rogério , tens todo meu apoio.
Poucas vezes ví uma idéia tão boa – a defesa dos animais – ser defendida com argumentos tão equivocados, claro, dentro do meu ponto de vista. Mas é isso aí, vale o debate!
Concordo com o Rogério essa situação não pode continuar, crianças conduzindo carroças é um perigo para elas e para o transito, talvez o Promotpr João Marcos Adede Castro pudesse ver o que o poder público poderia assumir nesse caso.
Quanto a tração animal não vejo nenhum problema desde que o animal seja tratado com dignidade , boas condições de alimentação,descanso e sem violencia, a relação entre o homem e o cavalo é muito bonita ao longo da história , principalmente na produção de alimentos saudáveis, mas nesse caso ao qual o Rogério se refere é uma situação em que as pessoas que conduzem o cavalo muitas vezes não alimento nem para saciar a própria fome então precisa ser feito muito mais do que tirar os cavalos dessa situação é preciso ter uma saída para elas também.
Mas legal Rogério é um bom debate que precisa desembocar em ações concretas e urgentes.