DIÁLOGO (IM)PERTINENTE. Esbórnia confronta líder de moradores e supersecretário de Schirmer
A pedido da fonte, presente ao trololó, omito o nome dos santos. Mas a troca de palavras é verdadeira e, tanto quanto possível, literal. De um lado, uma liderança dos moradores do centro da cidade, recentemente reunidos formalmente em associação comunitária. De outro, um supersecretário do governo municipal, daqueles grandões meeeesmo. Há quem diga, inclusive, que é o maioral entre todos. O assunto: a esbórnia no centro da cidade, especialmente na praça Saturnino de Brito e adjacências. Eis o diálogo:
Morador: não dá mais para agüentar. É uma esculhambação. As pessoas simplesmente não conseguem mais dormir, de tão alto que é o som. Há drogados pelo chão da rua. Precisamos que a prefeitura faça cumprir a lei. Só isso.
Secretário: Fulano, nós resolvemos o problema de vocês. Mas, e onde vamos colocar os jovens que freqüentam aquele espaço. Afinal, eles têm o direito de se divertir.
Morador: eu tenho uma sugestão, secretário.
Secretário: que bom, é do que precisamos, uma sugestão.
Morador: onde o senhor mora?
Secretário: hein?
Morador: é, onde o senhor mora? Deve ser uma rua bem tranqüila. Sugiro que os bares e os jovens possam se transferir para lá. Certamente que não haverá problema.
Secretário: que é isso, fulano, você está brabo? Está nervoso?
Morador: Brabo? Nããão! Nervoso? Nããão! Apenas que o senhor pediu uma sugestão e eu dei. É só segui-la e o problema estará resolvido.
Não é preciso dizer que o diálogo (Impertinente? Ou pertinente?) acabou por ali, mesmo. Ah, e os moradores da região afetada pela bagunça estratosférica que transformou o entorno da praça Saturnino de Brito um lugar absolutamente intransitável para os forasteiros, e impossível de viver para os que lá residem, estão esquecendo do governo municipal. Não acreditam, na sua maioria, que a prefeitura queira meeeesmo resolver o problema. E até já firmam a convicção, pelo menos parte das lideranças, que os interesses político-eleitorais de uns e outros (esquecendo que ali também tem eleitor) estão sendo a causa de uma avaliação equivocada da situação.
Conclusão: já foram ao Poder Judiciário e, provavelmente esta semana, terão reunião com o Ministério Público. São suas esperanças únicas de uma solução. Já que a sugestão feita pelo morador ao supersecretário, aparentemente, não será acatada.
EM TEMPO: se eventualmente algum leitor quiser fazer comentários acerca desta nota, por favor não cite nomes de “suspeitos” da participação do tal diálogo. A vontade da fonte deve ser respeitada – inclusive para evitar problemas para ela.
NÃO QUIS dizer que sou a favor da baderna, só considero muitas reclamações no centro um absurdo, falta de bom senso com aqueles que trabalham e tiram dali o seu sustento.
NÃO ME ENTENDAM MAL mas tem coisas que não te fundamento e sossêgo no centro, acho meio difícil porque se for assim o caminhão do lixo, ônibus, ambulância e polícia vão ter que pedir permissão para poder passar nas ruas.
não apoio baderna e falta de respeito, tem que ser decente agora proibirem bares de funcionar por causa de barulho no centro em pleno verão aí meus amigos é muita sacanagem.
porque sentar, tomar uma cerveja com amigos decentemente não faz mal a ninguém porque senão teríamos que ficar em casa olhando novela e fazendo palavras cruzadas.
todo mundo tem sua vida social, não podemos tirar a liberdade por birra, se incomoda pune mas que tenha bom senso e respeito!
Concordo plenamente com o amigo Frederico e acho muito relevante a colocação do Márcio.
Parece que, para o Tiago, a busca pelo dinheiro justifica qualquer coisa. Aqueles que não respeitam o direito de seus semelhantes (como, por exemplo, um policial militar bagunceiro que jogou um copo de cerveja no rosto de uma policial civil que, com um filho pequeno, tentava passar nas imediações da Saturnino) merecem complacência do Prefeitura? Pra mim, quem estiver bebendo na rua ou perturbando o sossego público deve ser preso e responder judicialmente por suas ações; senão caracteriza impunidade, onde cada qual faz o que bem entender e fica por isso mesmo.
Recentemente estive internado no Hospital de Caridade e pude testemunhar aquilo que o bravo morador disse ao secretário. O centro da cidade virou um verdadeiro inferno à noite. Isso é uma rotina, não somente mas especialmente aos finais de semana. E a polícia onde anda enquanto a esbórnia corre solta? Parece que a política de segurança pública do desgoverno do PSDB/PMDB/PTB/PP/PPS, dentre outros, é seletiva. Priorizam assassinar sem terra desarmado pelas costas, em defesa de latifúndios endividados, e o coração da cidade que se dane.
Espero que a Associação dos Moradores do Centro siga nesse caminho e se fortaleça mais e mais, pois a cidade precisa disso.
Imaginem se um país civilizado iria permitir a orgia, a bebedeira e os pegas de motos e carros defronte a um hospital, onde centenas de pessoas padecem de diferentes formas
Ok, Claudemir, não vou citar nomes, só cantar a musiquinha original que um certo supersecretário plagiou: poeiraaaaaaaaaaaaaa! poeiraaaaaaaaaaa! Belíssima sugestão do morador, vou descobrir o nome da rua do tal supersecreta e investir num boteco lá que só tocará Vitor e Léo!
tenho muitas opiniões contrárias a esse governo e com o tubias mas uma coisa deve-se salientar quem mora no centro tem que saber que ali é centro, tem comércio, gira o dinheiro, lugar de acesso fácil constante e aglomeração de pessoas.
Se querem morar no centro tem que saber que ali é movimentado, caramba! é por essas opiniões que hj não tem nenhum barzinho, nenhuma lancheria ao ar livre na cidade a noite, transformaram santa maria numa cidade retraída.
querem acabar com a bagunça é simples, fiscalizem a venda de bebidas para menores e o tráfico de drogas agoram não me venham proibir de tomar uma cerveja e bater um papo num bar porque tem um vizinho brabo com o barulho, é centro!
querem que existam bares aonde…..no meio do mato! até parece que vcs nunca foram jovens!
é um absurdo isso!
eu moro no bairro nossa sra. de lourdes e nem por isso me incomodo com o barulho porque deve-se ter bom senso, e também sei que as 10 da noite já não tem mais nada , mas aqui é bairro residencial, diferente do centro!
querem sossêgo! tá certo mas porque então não moram num bairro calmo em vez de acharem que são donos do local e fazerem de tudo para que jovens e empresários não deêm certo!
pensem um pouco!
bom senso nunca é demais!
Existe legislação específica que trata do assunto. Ao executivo, me perdoem a redundância, cabe executar a legislação pura e simplesmente. Qualquer coisa diferente disto estamos diante de perigosa flexibilização que pode ser interpretada como um favorecimento eleitoral a uma determinada “faixa” de eleitores mais simpática aos olhos de um membro da administração municipal e futuro candidato a deputado estadual.
Mas o Tubias tem que entender que política para juventude e embelezamento de praças não é sinonimo de barulheira e território livre, quer ser secretário vai ter que administrar os conflitos, bem eu imagino que seja ele o secretário afinal foi ele que anunciou reforma de praças e embelzamento de canteiros para ontem ou era mais um factóide do inócuo governo do Dr. Schirmer?
Claudemir, ótima colocação feita por esse morador. O direito dos jovens se divertir não pode se sobrepor ao direito dos demais moradores, jovens ou não, dormirem. Me admire um secretário, e ainda dos grandões, não ter isso em mente. O Centro de Santa Maria caminha para se tornar uma boate a céu aberto.