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EM CHAMAS. PMDB gaúcho “tucana” e joga para o futuro a decisão sobre sua direção

Reunião da noite de domingo decidiu jogar a briga para depoooois da eleição
Reunião da noite de domingo decidiu jogar a briga para depoooois da eleição

Na noite de domingo, o PMDB gaúcho decidiu: segue tudo como está, por mais um ano. Isto é, Pedro Simon, que largaria a presidência em dezembro, continua, da mesma forma que o restante da Executiva, inclusive seu maior rival interno, Eliseu Padilha, o secretário geral. E, aliás, vale o mesmo para todos os demais dirigentes (para saber mais detalhes acerca da decisão, confira AQUI a notícia publicada pelo sítio oficial do PMDB/RS – de onde extraí a foto que ilustra esta nota).

Apenas nesta terça-feira, depois de um dia inteiro de consultas, é possível ter uma idéia mais clara, afinal de contas, do que motivou a deliberação das cabeças coroadas do peemedebismo gaudério. Conversei com algumas pessoas, pró-Simon e pró-Padilha. E cheguei a algumas conclusões, que tomo a liberdade de (humildemente) repassar.

A primeira delas é que o PMDB, a exemplo de outro partido conhecido por seu “murismo”, tucanou. Isto é, a rigor ninguém sabia como poderia terminar a convenção que aconteceria agora em dezembro, exatamente para eleger o novo Diretório e a Executiva. Exceto que, fosse quem fosse o vencedor (e muita gente suspeita que Padilha, por sua forte inserção na base interiorana, poderia ser “o cara”), dividiria irremediavalmente o partido. Resumo da ópera: mais, talvez, do que “tucanar”, o PMDB tomou uma atitude de “legítima defesa”.

A segunda questão é decorrente da primeira. Como negociar alianças com outros partidos, visando ao pleito de 2010, com toda essa indefinição atual e a (praticamente certa) cisão futura? E mais: há um certo consenso (incrível, mas há) segundo o qual o único que poderia cumprir essa tarefa, no momento, é Pedro Simon – que estaria ausente de tudo a partir de janeiro. Então, caberá ao senador (sempre com Padilha e aliados na cola) a direção das articulações.

Uma terceira (e fico nisso, para não cansar o leitor) situação, advinda das outras duas, é a dificuldade até mesmo em definir quando o PMDB vai definir quem é seu candidato a governador. Aliás, nem mesmo a reunião de domingo parece ser capaz de resolver o imbróglio – embora a tendência hoje pró José Fogaça, prefeito de Porto Alegre, aparente ser a de maiores possibilidades do que a do ex-governador Germano Rigotto. Além do que, também precisa ser articulada a chapa de candidatos proporcionais, especialmente à Câmara dos Deputados, onde a situação parecer ser mais complicada.

PARA FECHAR, uma conclusão inevitável: a decisão que adia qualquer confronto, também já deixa marcada a data em que ele se dará. E que será apenas após o pleito de 2010. E aí: quem vai vencer a queda de braço hoje existente? Ela remanescerá em novembro/dezembro do próximo ano? Dedução claudemiriana: se o PMDB vencer o pleito e eleger o governador, tudo fica em paz. Do contrário, se perder, especialmente para o PT de Tarso Genro, o risco de o partido se demilinguir politicamente é de (quase) 100%. Ponto.

PS:  Em Santa Maria, a começar pelo prefeito Cezar Schirmer e pelo secretário Cezar Busatto, o PMDB é majoritariamente pró-Pedro Simon. Atenção: maaaaajoritariamente. Não tooootalmente.

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3 Comentários

  1. Taí um motivo para os petistas irem a luta com todas as forças!Eleger Tarso e assistir o PMDB gaúcho da arquibancada.

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